O roubo de cabos e equipamentos do metrô do Recife que provocou a paralisação do ramal Camaragibe gerou ainda um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil, de acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Cerca de 20 mil passageiros foram prejudicados na noite dessa quinta-feira (7).
Homens pularam o muro de dois metros de altura da subestação Rodoviária e pegaram fios de cobre e um disjuntor. No meio da ação, houve um curto-circuito e os criminosos correram, deixando para trás sandálias, uma garrafa com água, uma pá e ferramentas usadas para romper os cabos.
Disjuntores comuns e das vias, além de sensores para o telecomando da subestação, foram danificados. Os equipamentos ainda não foram substituídos e o serviço pode durar alguns dias.
A subestação Rodoviária não está sendo operada. Até o conserto, as cinco estações do ramal Camaragibe, que ficaram fechadas após o curto-circuito, serão alimentadas pela Coqueiral. Para evitar sobrecargas, o horário de pico tem um trem a menos; ou seja, das 5h às 8h30 e das 17h às 20h, em vez das 16 composições que circulam normalmente, são 15. Assim, o intervalo aumenta de cinco para seis minutos.
Técnicos da CBTU afirmam que, pelos danos aos equipamentos, os criminosos provavelmente sofreram queimaduras graves. Os profissionais defendem ainda que eles são especialistas. A suspeita aumentou pela forma que eles romperam os cabos e por terem desativado o alarme da subestação.
A empresa afirma que seguranças fazem rondas periódicas pelo local e prometeu reduzir o intervalo entre elas para tentar evitar novas ações. A operadora do metrô pede que quem tiver suspeitas sobre a venda de cobre faça a denúncia pelo (81) 3455.4566, telefone que funciona 24 horas e não é necessário se identificar. A CBTU vai prestar queixa à polícia para que a investigação seja iniciada.