Servidores da Prefeitura do Recife (PCR) protestaram na manhã desta sexta-feira (15) na Avenida Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O grupo reclama que não receberá reajuste salarial em 2016. Os manifestantes se concentraram no estacionamento da Câmara de Vereadores do Recife, a partir das 9h.
Na concentração, membros do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos da Administração Direta e Indireta da Prefeitura do Recife (SINDSEPRE) discursaram em repúdio ao reajuste de 0% oferecido pela PCR. No ato, os manifestantes realizaram um enterro simbólico do prefeito Geraldo Julio (PSB). "Estamos saindo em passeata, mas estamos abertos para um diálogo da Prefeitura", diz o Presidente do Sindicato dos Servidores, Osmar Ricardo.
No trajeto, o grupo saiu da Câmara, seguiu Rua do Hospício, pelas avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes. Por volta das 12h30, os servidores chegaram ao prédio da PCR. A Prefeitura prometeu tentar conceder o reajuste salarial em fevereiro. O SINDSEPRE e demais sindicatos municipais reivindicam 13,19% no aumento nos salários e mais 18,53% para o vale refeição. Além de reajuste, os servidores pedem melhores condições de trabalho. Eles ainda cobram da gestão socialista a reposição das perdas salariais diante de uma inflação em 2015 na ordem de 10,73%.
#JCPolítica Em tempos pré-carnavalescos, até marchinha contra o prefeito foi criada; eles pedem um reajuste salarial pic.twitter.com/Shil2YURsJ
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 15 janeiro 2016
NOTA DA PREFEITURA
A Prefeitura do Recife informa que, sobre as manifestações da manhã de hoje (15), a mesa de negociação salarial dos servidores foi iniciada em dezembro. Na ocasião, foi informado aos representantes das categorias que a previsão é não haver reajuste salarial em 2016 devido à crise econômica nacional com reflexo nas finanças municipais. A gestão apresentou todos os números sobre a arrecadação do município, as ações visando a redução dos gastos e o aumento do percentual de comprometimento com a despesa de pessoal. Sensível ao apelo das categorias, a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas ainda se colocou aberta à negociação e acordou a realização de uma nova mesa no início de fevereiro, quando a PCR já terá consolidado os relatórios de receita e despesa de 2015. Só a partir desses dados será possível saber o comprometimento percentual das despesas de pessoal em relação à receita, para não ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).