Mais de 70% dos usuários desaprovam ônibus sem cobradores, aponta levantamento do JC Trânsito

Desde que foi anunciada, na semana passada, a medida do Grande Recife Consórcio de Transporte para reduzir o número de assaltos dentro dos coletivos, retirando os cobradores da linha 901 TI Abreu e Lima/TI Macaxeira, tem sido alvo de muitas críticas por parte dos passageiros. Em enquete realizada na noite desse domingo pelo JC Trânsito, 72% dos internautas votaram que não acreditam que a novidade irá diminuir a quantidade de investidas de assaltantes aos ônibus.

No total, foram 522 votos rejeitando a mudança e 207 em apoio, somando 729 votos na enquete até o momento em que a matéria foi publicada. Para a usuária Wanderly Silva, a medida não vai ajudar. "O ladrão não vai atrás da renda do cobrador, já se foi esse tempo... Lembram que vocês (Grande Recife) implantaram o cartão magnético com esta finalidade?", declarou a internauta no Facebook do JC Trânsito.

Jhonatan L. Xavier, que também expressou sua opinião na rede social, possui opinião parecida com a de Wanderly. "Não vai reduzir. Até porque essas linhas praticamente não tem arrecadação, pois já saem de terminais de integração, aonde os usuários já pagaram passagens antes", comentou o internauta. 

Para repercutir o resultado da enquete e os comentários dos usuários na página do JC Trânsito, a reportagem procurou o Grande Recife Consórcio de Transporte, mas não conseguiu entrar em contato com o diretor de operações do órgão porque, segundo a assessoria, devido às reuniões para tratar sobre a mudança, falta tempo em sua agenda. A polêmica em relação aos ônibus sem cobradores começou na semana passada.

A partir desta segunda-feira (4), os passageiros começaram a ser orientados pelo Grande Recife sobre a mudança nos terminais integrados da Macaxeira e de Abreu e Lima, mas apenas na próxima segunda-feira (11) a novidade começará a valer. Desta forma, os passageiros terão que pagar as passagens exclusivamente através do Vale Eletrônico Metropolitano, sendo aceitos os VEMs trabalhador, estudante, livre acesso e comum. De acordo com o Grande Recife, a medida tem como intenção avaliar se a redução de circulação de dinheiro nos coletivos acarretará a diminuição do número de assaltos.