Rodoviários param a partir de segunda-feira por tempo indeterminado

Oficialmente, classe afirma que não participará da greve geral desta sexta
JC Online
Publicado em 29/06/2017 às 16:50
Oficialmente, classe afirma que não participará da greve geral desta sexta Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


A partir da 0h de segunda-feira (3), os rodoviários deverão cruzar os braços por tempo indeterminado. É o que afirma o presidente do sindicato que representa a classe (STTREPE), Genildo Pereira. A medida acontece após cinco tentativas de frustradas de negociação salarial. Quanto à greve geral desta sexta (30), a classe diz que não irá aderir em respeito à decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), que ordena que rodoviários garantam o mínimo de circulação durante greve geral.

Genildo explica que não houve conciliação em torno do dissídio coletivo com a Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus. “Não houve consenso. Após cinco rodadas de negociação, fizemos uma assembleia geral e a categoria decidiu pela greve. A priori, a paralisação será de 100%”, diz.

A proposta final do sindicado é de reajustes de 7% no piso salarial e 25% no ticket alimentação, assim como a manutenção dos cobradores nos ônibus. De acordo com Aldo Lima, rodoviário da oposição e integrante do movimento CSPconlutas, foi oferecido apenas 4% de aumento. Procurada pelo JC para comentar o assunto, a Urbana-PE afirmou não ter sido notificada oficialmente da decisão da categoria.

Atualmente, motoristas ganham R$ 2.113,01; cobradores, R$ 971,97; e ficais e despachantes, R$ 1.366,40. O vale-alimentação passou de R$ 205 para R$ 225, sendo pago também durante as férias. O reajuste foi de 9,5% e aceito após seis rodadas de negociação. Se a proposta do sindicato (7% sobre o salário e 25% sobre o vale-alimentação) fosse aceita, os motoristas, por exemplo, passariam a ganhar R$ 2.260,90; e o vale seria elevado para R$ 281,25.

Decisão do TRT afasta adesão à greve geral

Na tarde desta quinta-feira (29), o TRT ordenou que o sindicato garantisse o mínimo de circulação durante a greve geral desta sexta (30). A decisão, do presidente do TRT, Ivan de Souza Valença Alves, atende a um pedido preventivo da Urbana-PE. O órgão não deu maiores informações do "Dissídio Coletivo de Greve com Medida Cautelar antecedente". O sindicato foi notificado e optou por acatá-la.

Greve de abril teve 100% de adesão

Ém 28 de abril, a paralisação organizada por centrais sindicais e movimentos sociais teve 100% de adesão da categoria. Em virtude disso, a cidade praticamente parou naquela sexta-feira em que praticamente nada funcionou no Recife e em outras cidades do Brasil.

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