*Atualizado às 18h52
Motoristas de caminhão cegonha voltaram a fazer carreata pelas ruas do Grande Recife nesta terça-feira (25) em protesto ao processo de contratações do setor de transportes na fábrica da Jeep, em Goiana, na Região Metropolitana. Dessa vez, a carreata ocorreu em Jaboatão dos Guararapes. A categoria fez o percurso da BR-101, em Prazeres, até a orla de Piedade.
Na Orla de Piedade a categoria estacionou os carros, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. O Sindicato dos Transportadores Autônomos e Micro Empresas de Veículos Congêneres do Estado de Pernambuco (Sintraveic), responsável pelas mobilização, contabilizou 30 carretas do tipo cegonha no protesto.
Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), por volta das 18h40 o ato complicou o tráfego na Avenida Boa Viagem e segundo informações, o trânsito ficou intenso também na Avenida Antônio de Goes, no Pina, Zona Sul do Recife.
A mobilização dos cegonheiros começou no dia 31 de julho do ano passado, na região central do Recife, e dura até hoje. Eles ocuparam ruas e pontes dos bairros de São José e Santo Antônio. Na época, Justiça de Pernambuco determinou que a categoria deixasse a área imediatamente.
Quando iniciava suas operações em Pernambuco, no primeiro semestre de 2015, a Sada – empresa de logística fornecedora da Fiat Chrysler, detentora da Jeep – já havia enfrentado protestos de caminhoneiros que reivindicavam a totalidade das vagas de emprego para pernambucanos. Mais de dois anos depois, motoristas de caminhões-cegonha voltaram a se manifestar na área central do Recife e em Boa Viagem, na Zona Sul, ao longo de uma semana, evidenciando uma briga entre sindicatos.
Segundo a transportadora, logo ao chegar ao estado abriu 20 vagas para motoristas, sob o critério de que morassem em Pernambuco pelo menos desde 2011, o que evitaria a contratação de candidatos de outros estados atraídos pelas oportunidades geradas pela instalação da fábrica. O Sindicato dos Transportadores Autônomos e Micro Empresas de Veículos Congêneres do Estado de Pernambuco (Sintraveic) afirma que a lei está sendo descumprida.