MPPE vai investigar não operação de sistema de monitoramento de ônibus

O não funcionamento do Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop), que reuniria informação em tempo real e controle operacional dos ônibus que circulam pelo Grande Recife, será investigado em inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O promotor Humberto da Silva Graça acolheu ontem representação da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco, Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), Meu Recife, Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Nina Mobile.

Em nota, a Frente de Luta afirmou que o projeto ainda não foi implantado porque as operadoras de ônibus não querem ser vistoriadas. “O Simop já deveria estar funcionando, mas as empresa de ônibus não querem ser fiscalizadas e o governo é conivente com a situação”, registra.

O prazo para que a Secretaria das Cidades, o Grande Recife, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) e a Etra apresentem suas informações ao MPPE é de dez dias úteis.

No último dia 19, reportagem publicada neste JC e no blog De Olho no Trânsito registrou que o investimento no projeto, cuja implementação é prometida desde 2014, havia alcançado R$ 22 milhões, mais da metade do valor previsto no contrato com a multinacional Etra. A infraestrutura tecnológica ficou pronta em 2017 e a Central de Monitoramento da Operação (CMO) foi instalada na sede do Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT), no Centro da cidade.

Operação

Na reportagem, Fernando Guedes, diretor de tecnologia do Grande Recife, garantia que até dezembro o sistema estará operando. “O governo do Estado quer muito e vai colocar o Simop para operar em breve. Trabalhamos para que isso aconteça até o fim deste ano. De fato, estamos com toda a infraestrutura pronta, mas há 90 dias iniciamos o processo de revisão e checagem das informações. Temos que checar os dados de georeferenciamento porque são mais de 6 mil pontos de parada”, disse.