Operação de guerra para combater o Aedes e muitas cobranças do povo

#XÔAEDES Na segunda fase de combate ao mosquito, ministra ouviu no Recife apelo por vacina, saneamento e melhoria na saúde
Do JC Online
Publicado em 13/02/2016 às 19:57
#XÔAEDES Na segunda fase de combate ao mosquito, ministra ouviu no Recife apelo por vacina, saneamento e melhoria na saúde Foto: Fernando da Hora/JC Imagem


Quase oito mil militares do Exército, Aeronáutica e Marinha ganharam as ruas de 44 municípios pernambucanos neste sábado (13) na segunda fase da campanha nacional Zika Zero, do governo federal, e Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti. A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, abriu os trabalhos no Recife e, ao lado das Forças Armadas, visitou algumas residências em Jardim São Paulo, na Zona Oeste, e na Comunidade do Coque, área central da capital. A ação recebeu críticas de alguns moradores, que definiram a campanha como paliativa, criticaram a dificuldade de atendimento no serviço de saúde pública e exigiram a criação de uma vacina como solução para a epidemia e melhoria no saneamento.

O recado foi dado pela costureira Rosali Ferreira, 47 anos, a primeira moradora de Jardim São Paulo a receber a visita da ministra e do batalhão de militares e servidores públicos que a acompanhava no mutirão de combate ao mosquito. “Isso tudo é paliativo. A população precisa mesmo é de uma vacina. Essa é a solução. O resto é conversa. Precisamos ter atendimento na saúde. Meus filhos e marido já estiveram doentes, com chicungunha, e sofreram para conseguir atendimento. E, o que é pior, penaram para receber um diagnóstico do que tinham. Minha filha precisou de um neuropediatra, mas não conseguiu. Imagine essas crianças com microcefalia?”, denunciou.

Tereza Campello, entretanto, não se intimidou com as críticas e argumentou com a moradora que o governo federal não podia ficar à espera de uma vacina. “Não só o Brasil, mas o mundo está trabalhando para chegar a essa vacina. Mas não podemos ficar de braços cruzados, esperando as pesquisas e testes. Temos que agir em diversas frentes. E a participação da população é fundamental para acabar e evitar os focos do Aedes aegypti”

O comandante militar do Nordeste, o general de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, que acompanhou o lançamento da ação, destacou que os militares receberam um treinamento específico com profissionais da vigilância sanitária de Pernambuco para saber como atuar junto aos moradores.


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