Os comandantes da PMPE, coronel Antônio Carlos Tavares Lira, e do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Eduardo Poças Amorim Casa Nova usaram o site da Secretaria de Defesa Social do Estado para explicar aos militares a proposta salarial do governo. "Se não conseguimos tudo o que queríamos, conseguimos ganhos importantes, há muito almejados por toda a tropa", afirmam os dois coronéis no texto divulgado na web.
Eles garantem que a diferença entre o salário do soldado e do agente da polícia civil, hoje superior a 30%, vai diminuir para 16%. Além disso, os comandantes informam aos subordinados que o governo reservou R$ 100 milhões, dos R$ 200 milhões destinados à negociação salarial com todos os servidores, para corrigir os vencimentos de policiais e bombeiros.
Aos militares que vão entrar na reserva remunerada em 2011 (a partir de julho), 2012 e 2013, os coronéis avisam que a proposta do governo prevê decréscimo de apenas 10% no salário. A perda, hoje, oscila em 30%. Porém, a defasagem seria zerada partir de 2014, quando eles passariam a receber a mesma remuneração fixa que ganhavam na ativa.
Os comandantes destacam como ganho a fixação da jornada de trabalho de oito horas diárias - 40 horas semanais - e a manutenção da jornada especial, em regime de plantão, na proporção de uma hora de trabalho a cada três de descanso.
Na carta, alertam para prejuízos se a proposta for rejeitada. "Corremos o risco de entrarmos na negociação geral com todos os demais servidores estaduais, onde o valor total disponível (para reajuste salarial) será dividido equitativamente". Pedem calma e discernimento aos militares e ressaltam que, a proposta pode não ser a ideal, mas é boa no cenário de restrição financeira do País.