Cinco suspeitos são indiciados pela morte do médico Artur Eugênio

Polícia identificou o quinto suspeito, que teria intermediado a negociação entre executores e mandante
Do JC Online
Publicado em 29/07/2014 às 12:05


Atualizada às 17h46

Cinco pessoas foram indiciadas por envolvimento com a morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 35 anos, assassinado a tiros no último dia 12 de maio. O médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, foi apontado pela polícia como o mandante do crime. O filho, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, o auxiliar de expedição Flávio Braz de Souza e Lyferson Barbosa da Silva, 32, foram acusados de execução. O último envolvido, o comerciante Jailson Duarte Cesar, 29, teria intermediado o contato entre Cláudio Júnior, Lyferson e Flávio, mas não participou da execução. Este último foi o responsável por atirar na vítima.

Os acusados vão responder pelos crimes de sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Guilherme Caraciolo, o mandante do crime pagou uma quantia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para executar Artur Eugênio.

O médico Cláudio Amaro e o filho foram presos no dia 3 de junho. Lyferson também está preso, mas por envolvimento com o assalto a um carro-forte que resultou na morte de uma idosa, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Jailson e Flávio estão em liberdade.

No inquérito concluído na última sexta-feira e apresentado em coletiva à imprensa na manhã desta terça, foram apontadas como motivação para o crime desavenças profissionais. Artur já tinha recebido notas baixas de Cláudio Amaro Gomes e rompido sociedade com ele. A vítima já teria recebido ameaças profissionais e comentado com colegas de trabalho.

As investigações da polícia apontam que os criminosos seguiram a vítima na saída do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, na região central, para onde o médico havia ido a fim de visitar um paciente. Imagens do hospital, recebidas pela polícia no dia seguinte ao crime, mostram Cláudio Júnior e outra pessoa dentro do carro à espera do médico. Outro suspeito entrou no carro momentos depois. Como o veículo falhou, eles não conseguiram abordar Artur. A ação foi abortada também após a saída do médico do Hospital Português, minutos mais tarde. Cláudio Júnior, Lyferson e Flávio só conseguiram abordar a vítima na frente do prédio onde morava, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Na noite do dia 12, Lyferson e Flávio entraram no carro da vítima, enquanto Cláudio Junior seguiu em outro carro, um Celta, até o local do crime. De acordo com a polícia, Cláudio não participou da execução. O corpo de Artur foi encontrado sem identificação, na BR-101, em Comporta, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. O carro dele foi achado totalmente queimado, na manhã seguinte, em um terreno na Guabiraba, Zona Norte do Recife.

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