Um adolescente de 15 anos foi apreendido pela Polícia Federal suspeito de ser o responsável pela invasão e furto da Casa Museu Fundação Gilberto Freyre, localizada em Apipucos, na Zona Norte do Recife. O menor, que é dependente químico, foi identificado após laudos papiloscópicos nas impressões digitais e amostras de sangue recolhidas no local. Parte dos objetos roubados foram recuperados com ajuda da família do adolescente, que, antes de responder pelo crime, será internado para tratar do vício das drogas.
De acordo com a Polícia Federal, o jovem confessou ser o responsável pelo primeiro roubo registrado na Casa Museu, no dia 16 de março, mas disse não se lembrar de ter invadido o local no dia 23 de março, quando ocorreu o segundo furto. No entanto, os laudos da PF apontam que os dois roubos foram realizados pela mesma pessoa.
Em depoimento, ele afirmou que estava consumindo crack perto da Fundação quando resolveu pular o muro do museu, de onde furtou alguns talheres, anéis, pulseiras, relógios e canetas de prata e ouro do escritor. O adolescente disse ter vendido parte dos objetos na rua e no Mercado de Casa Amarela por cerca de R$ 150, com o objetivo de comprar mais drogas.
A polícia informou ainda que o adolescente foi apreendido no dia 31 de março na residência onde morava com a família, no bairro de Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. Ele foi ouvido na sede da PF e liberado para responder por deterioração de bem especialmente protegido e furto. As penas, que variam de 1 a 3 anos e 1 a 4 anos de reclusão respectivamente, será definida pela Vara da Infância e da Juventude do Recife.
O jovem será internado nesta sexta-feira (10) pelo Conselho Tutelar de Casa Amarela em um centro de recuperação de dependentes químicos, promovido por uma instituição religiosa, antes de responder pelo crime.
OBJETOS RECUPERADOS - Com a ajuda da família do menor, a polícia conseguiu recuperar 20 medalhas e uma caneta que faziam parte do acervo do museu, escondidos na casa em que eles moram. Anéis, relógios, medalhas, condecorações recebidas pelo escritor e outros objetos ainda estão sendo procurados. A PF advertiu que as pessoas que adquiriram os objetos furtados poderão responder pelo crime de receptação, que tem pena de três a quatro anos de reclusão.