Exames confirmaram que as amostras de pele coletadas das unhas da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, morta na última quarta-feira em seu apartamento em Boa Viagem, coincidem com o DNA do suspeito, o comerciante Edvan Luiz da Silva. A informação foi confirmada pela gestora da Polícia Científica, Sandra Santos, durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Também foi apontada a presença do DNA de Mirella em amostras de sangue coletadas dentro do apartamento do autor do crime. O sangue foi encontrado no piso do banheiro e na maçaneta da porta do suspeito. Os exames também apontaram a presença do sangue de Mirella em vestimentas que seriam do comerciante. As roupas foram encontradas em um prédio ao lado do local do crime, o que indica que ele teria tendo se livrar das provas.
A partir do momento em que passa a ser provado que o DNA é dele, a polícia conseguiu indícios de que ele seria o autor do crime, o que pode dificultar obtenção pela defesa de um mandato de habeas corpus para Edvan.
"Hoje eu tenho que ele estava na cena do crime, que ela lutou com ele, e que existe sangue dela dentro do apartamento dele. Então não há mais dúvida para a polícia, embora ele continue a negar, de que ele foi o autor desse bárbaro crime", declarou o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, que também estava presente na coletiva.
Na tarde desta quinta-feira (6), a audiência de custódia, realizada no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, decidiu pela prisão preventiva de Edvan, que foi autuado por homicídio qualificado. Ele será encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
Mais cedo, durante a audiência de custódia, familiares e amigos de Mirella realizaram um protesto pedindo pela prisão em flagrante do suspeito. Eles se reuniram na frente de fórum com cartazes pedindo por justiça sobre o caso. Durante o velório de Mirella, ocorrido na manhã desta quinta-feira, a mãe da vítima, ainda sem acreditar no que ocorreu, afirmou que sua filha era "uma mulher guerreira e lutava contra a violência contra a mulher".