Preso acusado de tentativa de latrocínio na orla de Boa Viagem

Crime ocorreu em maio. Luis Gabriel, de 18 anos, pode pegar uma pena de 15 a 30 anos por cada ação
Editoria de Cidades
Publicado em 31/07/2017 às 13:48
Crime ocorreu em maio. Luis Gabriel, de 18 anos, pode pegar uma pena de 15 a 30 anos por cada ação. Foto: Foto: Ana Roberta/JC


A polícia realizou, na semana passada, a prisão do acusado de tentativa de latrocínio contra dois jovens, em maio deste ano, na altura do 3º Jardim, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Luis Gabriel Armando de Araújo, de 18 anos, tentou assaltar o casal de universitário e, durante a investida, atirou contra o jovem de 24 anos e a amiga dele, na época com 19 anos. O acusado estava na casa de parentes no momento da prisão. 

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Francisco Océlio, o jovem baleado não acreditou que a arma usada no crime fosse verdadeira. “A vítima afirmou que o único movimento brusco que ele fez, quando foi anunciado o assalto, foi se levantar. Ele nega ter avançado contra o Gabriel. De fato, a vítima afirmou que não teve uma ação de ir para cima do agente, no caso Gabriel, mas questionou se a arma era ou não verdadeira”, pontuou o delegado.

Já a versão do acusado é de que os tiros acidentais, o que a polícia duvida. “A tese dele (de Gabriel) é de que só deu um tiro, o disparo que acertou a região abdominal do rapaz que foi vítima e que deu um disparo para cima quando uma aglomeração de pessoas, que foram atraídas pelo disparo, tentou capturá-lo”. No entanto, o delegado afirmou que, observando as imagens da área no horário do crime, não ficou provada a versão do acusado.

Gabriel foi indiciado por duplo latrocínio tentado, cuja é de 15 a 30 anos para cada uma das ações. Ele foi levado para o Cotel. 

Menor de idade

De acordo com Francisco Océlio, cerca de duas semanas depois do crime, Luis Gabriel se apresentou à polícia. No entanto, sua prisão não foi realizada no momento porque não seria mais considerado flagrante e as investigações ainda estavam em curso.

Na ação, também participou um rapaz menor de idade, na época com 17 anos, que não foi preso. O delegado explicou que Gabriel o isentou de qualquer culpa, versão confirmada pela vítima, que afirmou que o menor de idade não foi o autor dos disparos. “Segundo Gabriel, a ideia do assalto foi dele. Ele convidou o menor para sair, para brincar na redondeza e que o menor não sabia que ele estava armado e não sabia da intenção do roubo”, esclareceu.

“No caso da vara da infância que cuida do caso, ele não foi indiciado. Foi imputada a ele uma conduta que é tipificada no Estatuto da Criança e do Adolescente que é um ato infracional, equiparado a um duplo latrocínio tentado”, concluiu. De acordo com o delegado, a apreensão do menor vai depender da decisão do Judiciário.

Passageiro do uber

Na mesma coletiva, o delegado Francisco Océlio falou sobre a prisão de José Maurílio Queiroz Henrique, de 32 anos, ex-presidiário e envolvido com tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação ao tráfico. 

José Maurílio era o passageiro de um uber, na época em que o motorista do veículo foi vítima após um atentado. Maycon Renan Duarte Brito, de 28 anos, morreu após ser atingido com um tiro no pulmão. De acordo com o delegado, essa investida foi resultado de uma revanche contra José Maurílio. “Ele (Maurílio) seria o alvo, tendo em vista uma represália em razão de uma tentativa de homicídio praticada por ele e o cunhado, em fevereiro, contra um rival do tráfico”, explicou Francisco Océlio.

A prisão de José Maurílio foi em decorrência dessa tentativa de homicídio contra o seu desafeto. As investigações sobre o atentado contra o rival do acusado devem ser concluídas nesta sexta (4). Já o inquérito do caso do motorista do uber não tem data para ser encerrado. 

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