Detento é esfaqueado por outros presidiários no Complexo do Curado

Felipe Inácio Cordeiro, de 24 anos, foi atingido por uma facada no peito após uma disputa pelo poder de um dos pavilhões do complexo
JC Online
Publicado em 28/12/2017 às 20:16
Felipe Inácio Cordeiro, de 24 anos, foi atingido por uma facada no peito após uma disputa pelo poder de um dos pavilhões do complexo Foto: Foto: Reprodução


Dois detentos esfaquearam um outro preso na tarde desta quinta-feira (28) no Presídio Juiz Antonio Luiz de Barros (PJALLB), no Complexo do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. Segundo o sindicato de agentes penitenciários, agentes de plantão e do setor de segurança conseguiram evitar a morte o preso.

De acordo com o sindicato de agentes penitenciários, Wenderson Luiz Barbosa da Silva, de 26 anos, e Fábio Ruvanildo Aureliano de Araújo, de 26 anos, são suspeitos de tentar matar com uma facada no peito o preso Felipe Inácio Cordeiro, de 24 anos. Ainda de acordo com os agentes, a vítima, que estava no pavilhão H, seria cunhado do preso conhecido como "Piolho" que seria chaveiro do mesmo pavilhão. A ocorrência teria sido motivada por uma luta pelo poder do pavilhão. 

O detento esfaqueado foi socorrido, encaminhado ao Hospital Otávio de Freitas e está no bloco cirúrgico. Os outros detentos devem ser encaminhados ao DHPP. 

Chaveiros nos presídios

E nota, o sindicato dos agentes penitenciários denunciou a existência de chaveiros na unidades prisionais por falta de efetivo. Confira nota na íntegra.

"O SINDASP-PE, através do Presidente João Carvalho, vem relatando a existência de chaveiros e isto ocorre pela omissão do Estado em não colocar efetivo de agentes penitenciários para o controle da disciplina e realizar rondas. O Estado suspendeu o concurso que está em andamento e a cada dia, com o déficit de unidades prisionais e com a intenção de querer inaugurar novas unidades ou pavilhões novos como Tacaimbó ou inaugurar Itaquitinga, irá piorar a crise de déficit e provocar transtornos à segurança das unidades já existentes. O Estado, sem o concurso, faz o remanejamento de agentes penitenciários das unidades existentes para novas unidades e assim piora a segurança das unidades. Esta ocorrência é a prova de presos quererem controlar pavilhões, pois a existência de chaveiros faz com que existam milicias para controle de unidades prisionais."

A Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES) não se posicionou sobre o assunto.

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