Um grupo responsável por traficar drogas foi preso em flagrante com 16 kg de entorpecentes numa residência em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. No momento da apreensão, três pessoas faziam a embalagem do material que seria distribuído na localidade. Em reunião com a imprensa na manhã desta segunda-feira (26), a delegada responsável pelo caso, Euricélia Nogueira, esclareceu os detalhes da prisão.
Após denúncias, na sexta-feira (23), policiais foram em busca de um ex-presidiário identificado como Christyah David da Cunha Medvedeff. De acordo com a delegada, a residência do rapaz é de classe média e “não levanta qualquer suspeita”. Cris, como é conhecido, foi abordado e teve a casa revistada, onde foi encontrada uma arma, que segundo ele era para uso em defesa pessoal; além de um fardamento de uma sargento do exército, roubado por Cris juntamente com o carro da vítima em uma das investidas criminosas praticadas pelo rapaz.
“Só há dois meses em liberdade, já tínhamos a informação que Cris ainda era envolvido com o narcotráfico”, conta Euricélia. Por insistir nas investigações, os agentes encontraram mensagens no celular do suspeito que comprovaram o envolvimento dele com o tráfico de drogas. Karla Rejane Silva de França, trocou mensagem com Cris, o qual chama de “Patrão”, pedindo outros ajudantes para embalar as drogas pois a quantidade era grande. “A partir das mensagens pudemos localizar a residência em que era feito o estoque da droga; a casa era bem próxima do endereço do rapaz”, relata a delegada.
No endereço localizado foram encontrados 16 kg de maconha sendo embalados por Karla Rejane; Ruan Teodósio de França Silva, de 18 anos, filho de Karla; e Alcemir Soares Bezerra. Segundo investigações, a droga embalada seria distribuída no comércio em São Lourenço e Camaragibe. “Nós encontramos pacotes de 1 kg e também embalagens em pequenas porções para a venda no varejo”, conta a responsável pelo caso.
Os roubos de carros praticados pelo chefe do grupo eram usados para levantar valores e adquirir drogas. Durante a investigação, a delegada diz que “numa conversa encontrada no celular dele, ele negocia as drogas pelos carros roubados”.
Cris e as três pessoas que trabalhavam para ele foram presas em flagrante por crime de tráfico e associação, além de porte ilegal de arma de fogo.