Médico suspeito de estupros no Recife já está no Cotel

Suspeito de estuprar pelo menos nove mulheres, o ortopedista Kid Nelio Souza de Melo, 35 anos, foi preso nesta sexta-feira (2)
JC Online
Publicado em 02/03/2018 às 18:25
Foto: Foto: Leo Motta/JC Imagem


Após ser preso na manhã desta sexta-feira (2), o médico suspeito de estuprar mulheres em unidades de saúde do Recife já está no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Kid Nelio Souza de Melo, 35 anos, recebeu voz de prisão quando compareceu ao Departamento de Polícia da Mulher (DPMul), no Centro do Recife, depois de ser intimado.

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (2), a Polícia Civil informou que ao menos nove mulheres entre 18 e 39 anos foram vítimas do médico. A primeira a denunciá-lo foi uma jovem de 18 anos, no dia 21 de fevereiro. Aos policiais, ela contou que foi abusada durante uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento da Imbiribeira (UPA), na Zona Sul do Recife, no mesmo dia.

Possíveis novas vítimas

A Delegada Ana Elisa Sobreira, responsável pela investigação, explicou que esse número não está fechado e que a Delegacia da Mulher se mantêm aberta para, se houver, ouvir novos depoimentos das vítimas. "Esperamos que com a divulgação do nome e da foto do criminoso, se houver outros casos, outras vítimas se encorajem para prestar depoimento e registrar esses abusos", esclarece.

Segundo a Polícia Civil, em depoimento, Kid Nelli afirmou que teve relação consentida com duas das vítimas que prestaram queixa contra ele. As outras, ele negou.

Kid Nelio já havia sido questionado sobre sua conduta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, no ano passado. Na época, Kid Nélio foi perguntado pelo diretor da unidade sobre constranger uma paciente em uma consulta, mas negou mau comportamento.

O caso foi relatado à polícia somente este ano durante a investigação iniciada a partir de denúncias de casos de abuso. "Tem um depoimento onde o diretor da UPA relata que uma assistente social chegou a falar sobre a queixa que recebeu de uma paciente, mas uma coisa muito sutil, [algo como] 'não me senti bem com a consulta, fiquei constrangida, ele tocou na minha cintura'. Ele foi chamado e questionado, negou e ficou por isso, foi há um ano", explica a delegada.

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