O homem mais procurado pela Polícia Civil em Pernambuco pelo crime de pornografia infantil foi liberado após audiência de custódia. O Juiz Guilherme Augusto de Albuquerque julgou o caso e mandou soltá-lo, na quarta-feira (18), por ele não ter antecedentes criminais.
Josemir Benedito da Silva, de 51 anos, pagou a fiança de R$ 2.500 mil e responde em liberdade, após ser preso em uma operação da Polícia Civil, denominada “Playground”, na manhã da quarta-feira (18), com vários vídeos e imagens pornográficas de crianças e adolescentes, encontrados em computadores e HDs dentro da residência, em Carpina, no Agreste de Pernambuco.
De acordo com a Polícia Civil, a operação iniciou no dia 9 de abril deste ano. A equipe de investigação conseguiu localizar Josemir por conta da grande quantidade de acesso que ele fazia a esse tipo de material, em buscas e download na internet. A delegada Bárbara Fort, que estava à frente das investigações, conta que até bebês foram vítimas de abuso para gravar as imagens, feitas em sua maioria, no exterior.
Medidas cautelares foram impostas pelo Juiz Guilherme Augusto, que devem ser cumpridas pelo acusado. No resultado da audiência de custódia, emitido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Josemir não pode passar mais de oito dias fora da comarca onde reside ou mudar de endereço sem prévia comunicação à Justiça e autorização judicial. Caso seja flagrado cometendo o mesmo crime ou não compareça mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, será aberto um mandado de prisão contra ele.
Outro homem foi preso na operação Playground. José Sullyvan Mirianno da Silva, de 29 anos, que já havia cumprido pena em 2017 pelo mesmo crime, foi condenado à pena.
Segundo o TJPE, Sullyvan teve a prisão decretada e foi encaminhado para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP-PE), por já ter um incidente de insanidade mental instaurado na comarca de Carpina, para aferir se o acusado possui ou não problemas mentais. Ele alega ser viciado neste crime e não conseguir se controlar.
Somando todos os vídeos e fotos apreendidos pela polícia nas residências dos envolvidos, totaliza cerca de 600 materiais. O caso dos acusados será distribuído para a Vara Criminal de Carpina, que aguardará o envio da denúncia do Ministério Público de Pernambuco.