Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29), a Polícia Civil apresentou os detalhes da Operação Buscada, que culminou na prisão de seis pessoas suspeitas de tráfico de drogas. O grupo agiria em pelo menos quatro municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR).
De acordo com a polícia, as investigações tiveram início no mês de setembro de 2018. O foco de atuação da quadrilha seria os bairros de Planalto e Caetés I, em Abreu e Lima. O trabalho policial se estendeu para as cidades de Igarassu, Paulista e Itamaracá.
“Começamos o trabalho investigativo a partir de um homicídio ocorrido na cidade de Itapissuma, onde descobrimos que a vítima foi morta em disputa pelo controle do tráfico”, afirmou o delegado Adyr Martens, de Paulista, responsável pelo caso. “Conseguimos identificar algumas pessoas envolvidas com tráfico naquela cidade e em Abreu e Lima”, continuou.
A operação terminou com a prisão de Rogério da Silva Fernandes, conhecido como “Louco”; e Leandro Emanuel dos Santos, o “Leo”. Também foram capturados Vanilton de Souza, chamado de “Coroa”; e seu filho, Vanderlei Bezerra de Souza, o “Derlei”. Os outros dois envolvidos, João Esdras Freixedas de Castro, o “João Mourão; e João Vitor dos Santos Eufrásio, o “Vitinho”; já estão presos.
João Mourão comandaria o tráfico de dentro da Penitenciária Agro Industrial São João (Pai). “Ele atuava nas cidades de Itapissuma, Itamaracá e Abreu e Lima”, explicou o delegado Martens.
Rogério atuaria como assassino da quadrilha de João Mourão, além de gerenciar o tráfico de entorpecentes. Segundo a polícia, o suspeito apresenta “comportamento agressivo”. Ele teria uma arma de fogo, que alugava para outras pessoas cometerem crimes.
“O Louco é uma pessoa claramente conturbada psicologicamente. Não teme a nada e assassina a sangue frio”, pontuou o delegado. Rogério “Louco” foi impedido de matar um desafeto por conta da prisão efetuada pela Polícia Civil, antes que ele pudesse cometer o assassinato.
Em paralelo, a investigação conseguiu prender Vanilton “Coroa” e Vanderlei Bezerra, pai e filho que atuavam no tráfico de entorpecentes. Eles seriam de uma organização rival à de João Mourão.
“Os presos foram encaminhados para o Cotel (Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima). Os que já estão encarcerados vão perder direitos que adquiriram no decorrer das penas”, concluiu o delegado. Os suspeitos vão passar por audiência de custódia e estão à disposição da Justiça.