Em coletiva na manhã desta sexta-feira (5), a Polícia Civil de Pernambuco apresentou os detalhes da investigação que levou à apreensão de dois adolescentes, de identidades e idades não divulgadas, em Petrolina, Sertão de Pernambuco. Os dois jovens seriam os autores do assassinato dos irmãos Manoel Carlos Souza dos Santos, de 11 anos, e Gustavo Vitor Souza dos Santos, de 13. Os crimes ocorreram no dia 29 de março.
De acordo com o delegado Daniel Sapucaia, um dos responsáveis pela investigação, os dois autores do crime foram de carro, modelo não informado, para o bairro Cosme e Damião. “Eles foram com o mais velho (Gustavo). Chegando lá, o agrediram no tórax e nas costas. Depois, efetuaram quatro disparos de arma de fogo na cabeça dele”, contou Sapucaia.
Ainda segundo o delegado, os dois autores foram em seguida para o bairro do Cacheado, onde capturaram o irmão mais novo (Manoel). “Eles colocaram o menino no veículo e se dirigiram ao bairro Projeto N9, nas imediações de uma estrada de carroçal”, continuou Sapucaia.
No local, dois tiros foram disparados na cabeça de Manoel. Segundo a investigação da polícia, a motivação foi o tráfico de drogas. “O Gustavo teria subtraído da dupla uma quantidade de droga e cocaína, por isso foi morto”, disse o delegado. “O mais novo foi assassinado para que as informações sobre a morte do irmão não fossem vazadas”, pontuou.
Os dois jovens confessaram os crimes à polícia. Eles foram levados à Funase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) de Petrolina. “Existe uma terceira pessoa envolvida no crime, que está sendo procurada”, disse Sapucaia. O suspeito é Francieldo da Costa Brito, de 26 anos. Ele já responde por outros crimes e usa tornozeleira eletrônica. Francieldo aliciaria crianças para atuar no tráfico de entorpecentes.
Francineide dos Santos Souza, mãe de Gustavo e Manoel, esteve presente na coletiva de imprensa. “Eu não sabia dessas amizades deles, minha vida era trabalhando desde que separei do pai deles”, relatou à reportagem da Rádio Jornal. “Eu tinha mais medo pelo Gustavo, mas o Manoel era um menino mais obediente, vivia atrás de mim”, lamentou.