Enquanto a Secretaria Estadual de Saúde anunciava o esquema de reforço das emergências, na manhã desta terça-feira (10/2), trabalhadores terceirizados do Hospital da Restauração, no Recife, paralisavam as atividades. Agentes de portaria e profissionais da limpeza ocuparam as pistas da Avenida Agamenon Magalhães, interditando o tráfego de veículos alternadamente, de dez em dez minutos. Eles cobram o pagamento do salário de janeiro, atrasado há cinco dias, e de tíquete-alimentação, que não vêm sendo repassado desde outubro de 2014. Serviços essenciais, nas emergências, estão sendo mantidos.
“O Estado não repassou o pagamento para a empresa Liber, que por isso, está devendo aos trabalhadores”, informou Márcio Fernando Ribeiro, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Pernambuco. O movimento começou na segunda (9/2) e só vai terminar, conforme o sindicalista, quando a Secretaria Estadual de Saúde quitar a dívida. Uma reunião entre a secretaria e a empresa terceirizada estaria agendada para a tarde desta terça. “Se não houver avanço, voltaremos a parar à noite e amanhã”, lembrou Márcio.
Na entrevista coletiva na qual anunciou o esquema de Carnaval, o secretário estadual de Saúde, Iran Costa Júnior, explicou que o problema está sendo solucionado e que os pagamentos em atraso serão efetivados até quinta-feira (12/09). Segundo a secretaria, os atrasos devem-se ao fechamento do ano fiscal. Além do mais, o repasse dos recursos requer uma conferência prévia do cumprimento de encargos trabalhistas feito pelas terceirizadas,
O sindicato da categoria denuncia que o problema também se estende às escolas estaduais. O salário de merendeiras e porteiros também estaria em atraso. Uma greve nesse setor também pode ser deflagrada.