Africana confundida como caso de ebola tenta refúgio no Brasil

Ela permanece internada no Hospital Oswaldo Cruz e não tem malária
Do JC Online
Publicado em 21/02/2015 às 2:22


A paciente africana, que deu entrada na última quinta-feira com dor de cabeça na UPA da Caxangá, Zona Oeste do Recife, e acabou virando alvo de um boato sobre ebola na internet, vai permanecer internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, até a conclusão de exames que buscam outro diagnóstico. Ontem ela passou por teste de malária, que deu negativo. Segundo a Polícia Federal, a moça, de 26 anos, veio da república do Congo de forma irregular e pediu refúgio no Brasil, pois estaria fugindo de dificuldades e perseguições no seu país.

Segundo o hospital e a Secretaria Estadual de Saúde, a mulher está clinicamente bem. Não apresenta febre, náuseas, diarreia ou vômito. O único problema é a dor de cabeça que sente há um ano e está sendo tratada com analgésicos. Desde quinta-feira, quando surgiram os boatos de que estaria com ebola, a Secretaria Estadual de Saúde negou a suspeita, alegando que a paciente não preenche os requisitos do protocolo de investigação do vírus que afeta países do continente africano. Não esteve nem estabeleceu contato recente com pessoas da Guiné, Libéria ou Serra Leoa, área de transmissão. Teria passado por Uganda, Congo e Angola, sem risco.

Há uma semana a mulher que diz se chamar Jael Asifiwe foi encontrada no Bairro do Recife por outra africana  e levada à Delegacia de Imigração, informa a Polícia Federal. Veio num navio, clandestinamente, e o objetivo era chegar ao Canadá. Durante passagem pela PF não teria se queixado de doença.  

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