A Superintendência de Vigilância Epidemiológica divulgou nesta quarta-feira (16) um balanço informando que subiu para 66 os casos de microcefalia em bebês no estado do Rio de Janeiro. Segundo os dados, são 55 casos de crianças que já nasceram e 11 com identificação intrauterina.
A microcefalia é uma doença irreversível que provoca o nascimento de bebês com crânio menor que o normal. As crianças diagnosticadas podem ter atraso no desenvolvimento neurológico e psicomotor.
Desde 18 de novembro, quando a notificação de gestantes com sinais da doença passou a ser obrigatória no Rio, 698 pacientes foram registradas com manchas vermelhas pelo corpo na gravidez. Até o momento, 12 foram confirmadas com o vírus Zika, que transmite a microcefalia, mas não passaram a doença para os fetos. “Importante ressaltar que o resultado positivo para o vírus Zika não configura existência da microcefalia”, esclareceu o balanço.
De acordo com a secretaria, o vírus Zika foi descoberto em 1940, em Uganda, e identificado nos países da América apenas em 2014. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti , que também é o transmissor da dengue.
Após a picada, os sinais e sintomas mais frequentes são febre, manchas pelo corpo, coceira, dor de cabeça e nas articulações e músculos. Com tratamento medicamentoso e hidratação, a recuperação ocorre entre quatro e cinco dias.
Prevenção
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e os casos da doença no Nordeste do país. Até novembro, 18 estados tinham registrado transmissão interna de Zika. Para combatê-la, a melhor forma é acabar com o Aedes aegypti.
A recomendação é para que as pessoas armazenem lixo em sacolas plásticas fechadas, mantenham caixas d'águas vedadas, além de não deixarem a água parada em calhas ou coletores, por exemplo. Recipientes que possam armazenar água com pneus e galões devem ser guardados.
As gestantes precisam redobrar o cuidado, usar repelentes e evitar a exposição durante a manhã e o fim da tarde, quando o mosquito costuma se desentocar para atacar.