Ministério da Saúde registra 1.489 casos de bebês com microcefalia

Entre os casos confirmados, 1.319 estão na Região Nordeste, sendo 358 em Pernambuco
ABr
Publicado em 01/06/2016 às 17:15
Entre os casos confirmados, 1.319 estão na Região Nordeste, sendo 358 em Pernambuco Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Boletim divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde informa que 1.489 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações no sistema nervoso causadas por infecções, 55 a mais que o número divulgado na semana passada. Os dados são referentes a registros feitos de outubro do ano passado até o dia 28 de maio.

Entre os casos confirmados, 1.319 estão na Região Nordeste, sendo 358 em Pernambuco, onde se concentra o maior número de bebês com as malformações, e 249 na Bahia.

Do total de casos confirmados, apenas 223 tiveram exame laboratorial provando que foram causados pelo vírus Zika. Porém, segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos casos confirmados foi causada pelo vírus, embora não tenham comprovação por exames.

Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.723 casos suspeitos, sendo que 3.072 foram descartados e 3.162 permanecem em investigação. Os 1.489 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 539 municípios, localizados em 25 unidades da federação.

A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Zika

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015.

O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo Aedes aegypti.

Porém, em outubro de 2015, exames mostrararam a presença do vírus no líquido amniótico de um bebê com microcefalia, que morreu logo depois do nascimento. Em 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.

Em fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância internacional por causa das implicações da infecção pelo vírus.

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