Há dias em que sentimos como se o mundo fosse desabar sobre nossas cabeças. O estresse do dia a dia parece nos obrigar a comer um doce, fast food, ou qualquer coisa calórica que esteja ao alcance. Existe, sim, uma explicação científica por trás dessa vontade de consumir itens mais engordativos após um dia "daqueles". O estado emocional do indivíduo influencia tudo, inclusive a forma como ele vê a comida.
O estresse modifica as respostas do corpo aos alimentos de uma forma extremamente intensa. Isso não só nos faz comer mal como também pode estagnar a perda de peso e diminuir a sensação de saciedade.
Um estudo realizado por especialistas do Instituto Weizmann, de Israel, descobriu o mecanismo que em situações de tensão torna os alimentos gordurosos ainda mais irresistíveis e aumentam a vontade de encher o prato.
A análise feita em laboratório mostrou que a tensão ativa uma área cerebral que produz a proteína UCN3. O perigo oferecido à boa forma física é duplo: ela age no fígado, pâncreas, coração e cérebro e desperta a vontade de comer. Ao mesmo tempo, a proteína também diminui a sensação de saciedade. O resultado é mais fome e menos sensação de “barriga cheia”.
O estresse faz com que o cérebro receba uma mensagem de ameaça. Por isso, aumenta a produção dos hormônios adrenalina e cortisona - dois hormônios responsáveis pela obesidade -, que diminuem a queima decalorias. O cortisol desregula o controle de apetite e acelera a multiplicação das células de gordura. Quando esse sinal de ameaça acaba, nosso corpo pede uma "recompensa", no caso, os chocolates, sorvetes e refrigerantes que fazem o ponteiro da balança subir. A palavra de ordem é buscar uma vida saudável para prevenir doenças.
- Gordura mais concentrada na região do abdome, coxas e braços
- Depressão
- Fome compulsiva à noite
- Aumento de peso resultante de algum trauma, como separação, morte de parente próximo, desemprego
Sintomas identificam o stress:
- Queda no rendimento do trabalho
- Doenças psicossomáticas
- Dores de cabeça constantes
- Náuseas
- Vômitos
- Ansiedade
- Irritabilidade (a pessoa ?explode? por qualquer motivo);
- Confusão mental (atrasos e esquecimentos de coisas simples).
- Coma devagar e mastigue bem a comida antes de engolir. A pressa pode até transformar seu estresse em gastrite.
- Se você acha que não está dando conta da pressão e desconta na comida, procure apoio psicológico.
- Faça atividades diferentes. Troque a TV e as guloseimas por uma caminhada.
- Mude sua atitude em relação ao problema e tente se informar sobre o que está causando o estresse.
– Dedique-se a alguma atividade e mantenha sua mente focada neste objetivo, evite distrações e principalmente as situações que podem causar estresse.
- Tenha boas noites de sono
Como o estresse pode engordar:
1- Retarda o metabolismo
O metabolismo é essencialmente uma mistura de várias hormônios atuando no organismo. Quando eles existem nas combinações certas, os órgãos e os processos do organismo – como a digestão e equilíbrio do açúcar – funcionam de maneira adequada para uma saúde ideal.
O estresse crônico desequilibra esses hormônios, retardando o metabolismo. Adrenalina e cortisol inundam o corpo durante períodos de tensão, podendo assim reduzir a capacidade do corpo para queimar calorias, gorduras e açúcar.
2- Interfere com os mecanismos da fome
Os hormônios são responsáveis também pelos indicativos de fome. O Agrelina é responsável pela fome, e a leptina é o que nos faz sentir saciados. Quando estamos sob estresse, o corpo suprime os níveis de leptina e aumenta os níveis de grelina, fazendo com que tenhamos vontade de comer mais e não nos sintamos saciados. Acabamos por ingerir muito mais calorias do que o corpo precisa, aumentando a gordura.
3- Aumenta o desejo de comer alimentos gordurosos
O estresse crônico não só causa fome como também dá vontade de comer alimentos ricos em gordura e açúcar, desencadeando um desejo intenso de ingerir alimentos calóricos que originam o acúmulo de gordura. Quando comemos este tipo de comida recebemos uma quantidade de hormônios de bem-estar que dão a sensação de pacificação, gerando uma resposta que vamos procurar sempre que nos sentirmos tensos e quisermos ficar bem. Essa situação cria um ciclo vicioso, difícil de quebrar.
4- Desregula os níveis de açúcar no sangue
A insulina é o hormônio que regula o açúcar no sangue. Quando existe estresse crônico o corpo não é capaz de regular a insulina, podendo causar uma série de problemas. A sensibilidade à insulina pode aumentar a capacidade de armazenamento de gordura no corpo. Em alguns casos também cria oscilações na quantidade de açúcar no sangue originando a necessidade de comer alimentos ricos em calorias e gordura. Tudo isso pode engordar e dificultar a perda de peso.
5- Provoca acumulação de gordura abdominal
Os altos níveis de cortisol liberados durante o estresse podem causar inúmeros efeitos secundários nocivos. Uma das consequências desagradáveis é o armazenamento de gordura na região abdominal. Mesmo que a pessoa consiga perder peso, os níveis elevados de cortisol podem fazer com que a gordura fique localizada no abdômen.