Cirque du Soleil arranca aplausos entusiasmados no Recife

Além dos aspectos mágicos, o que seria o Cirque du Soleil senão uma espécie de materialização micro de um desejo macro – e provavelmente, na maioria das vezes, inconsciente - de todos os seres humanos de boa vontade do mundo, em viver num planeta com mais harmonia entre as pessoas. Pois lá estavam, na noite da sexta-feira, no palco da tenda armada na Avenida Boa Viagem, artistas da Europa, Estados Unidos, México, Brasil, Canadá, Austrália, China, África do Sul, entre outras localidades, mostrando suas habilidades para pessoas de variadas faixas etárias querendo se encantar e torcendo para que tudo desse certo.  E assim foi.

Em quase duas horas e meia, o público que tomou conta de grande parte das cadeiras do picadeiro se deliciou, vibrou, prendeu a respiração e aplaudiu efusivamente a estreia do espetáculo Varekai  - que significa "onde quer que seja", em linguagem cigana.

A encenação começa com a aparição de criaturas de uma floresta mágica e enigmática. Logo depois, entra em cena O Vigia, um divertido personagem, misto de inventor maluco com jeitão de criatura mística de contos mitológicos nórdicos, algo como uma versão elfo do Doutor Emmett Brown, da trilogia de filmes de ficção científica dos anos 1980 De volta para o futuro.

Entre os números que fizeram o público prender a respiração por alguns segundos e depois voltar a encher os pulmões de alívio estava o Jogos de Ícaro, no qual acrobatas fazem giros inacreditáveis movimentados pelos pés e mãos de parceiros deitados em uma cadeira especial. Houve mesmo uma pequenina falha de sincronia entre os artistas, que causou brevíssimos momentos de tensão entre o povo. Mas, ela logo se dissipararia com o rápido acerto entre os pares.

Na Balança Russa, integrantes do circo são lançados ao ar por dois balanços chamados de Russian Swings. Os movimentos ganham ainda mais beleza por conta do bonito e vistoso figurino laranja-avermelhado dos artistas. Ao final dos números, o público aplaudiu de pé o espetáculo Varekai, que fica em cartaz no Recife até o dia 8 de abril.

Este é um resumo. Leia a matéria completa no Caderno C desta segunda (2).