Molusco Lama, fruto dos trópicos e psicotrópicos

Morto e enterrado há 10 anos, movimento sobrevive no trabalho de ex-integrantes
Do JC Online
Publicado em 04/09/2011 às 0:45


Há dez anos, uma lápide numa exposição de arte na Fábrica Tacaruna colocava um "aqui jaz" em um movimento cultural tão criativo e intenso quanto praticamente ignorado. O Molusco Lama foi coletivo quando ainda não se falava em coletivo e multicultural bem antes de o termo virar slogan de prefeitura. Abrigados em duas casas na bucólica praia dos Milagres, em Olinda, cerca de 40 pessoas habitaram ou transitaram por lá, criando um pouco de tudo, ou como talvez prefiram os "moluscos", muito de nada.

Apesar de morto e enterrado, o movimento Molusco Lama resiste no trabalho individual de alguns de seus integrantes, como o músico e professor Gustavo Grilo, ou Grilovsky, ou ainda Jazzy Grilo, atualmente integrante da banda Monstro Amor, prestes a lançar o primeiro CD. Outro integrante, Fernando Peres, ou Fernandinho Viadagem, continua fazendo arte em tela e atrás de um balcão de seu "lesbian bar", no Espinheiro, enquanto divide a função de "zelador" da galeria Mau Mau. Já Lourival Neto, ou Cuquinha, atravessou o Atlântico e é artista plástico "de vera" no Reino Unido. Tem trabalho na casa de grã-finos de Londres e Nova Iorque.

Além de artes plásticas e música, esse fenômeno dos trópicos e psicotrópicos enveredou pela Sétima Arte. O Resgate Cultural, de 2001, é um curta que conta a história de um fictício sequestro do escritor Ariano Suassuna tendo como uma das exigências para libertá-lo a mudança de curso do rio Capibaribe, que deveria dobrar à esquerda na Avenida Conde da Boa Vista e seguir no sentido centro-subúrbio.

Para saber mais sobre o Molusco Lama leia a edição deste domingo (4) do Jornal do Commercio.

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