Exposição nova no Mamam no Pátio

Deserto, assinada pelo paulista Lucas Simões, estreia hoje e segue em cartaz até junho
Bruna Cabral
Publicado em 15/05/2014 às 7:00


Estreia hoje, no Mamam no Pátio, às 18h, a exposição Deserto, do paulista Lucas Simões, com curadoria de Cristiana Tejo. Para provocar a reflexão sobre o uso e ocupação do Pátio de São Pedro, o artista concebeu um volume único, alto e compacto, que sugere corredores e esquinas. Depois cobriu tudo com um plástico azul, para evocar o descaso público com aquele espaço, que conta histórias importantes do Recife e abriga nove equipamentos culturais, embora goze de pouco prestígio.

Lucas providenciou ainda letreiros luminosos para contar aos transeuntes distraídos a que veio aquele anexo do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, inaugurado em 2006, e também para lembrar o que questionou Clarice Linspector certa feita: “Onde está a pedra que não sinto? a pedra que esmagou a cidade.”

Com a exposição, Lucas finaliza a residência de arte de cinco semanas que fez no Espaço Fonte, depois de ter sido selecionado na feira Arte Rio, com mandou outros dois artistas para estudar e prospectar em São Paulo e Buenos Aires.

O artista volta para casa na semana que vem. Mas a exposição segue em cartaz até junho. Lucas diz que leva na bagagem a impressão de que o "interessante" mercado de arte recifense ainda tem muito a revelar para o resto do País . "É tudo muito diferente de São Paulo, os artistas, galeristas, todos os profissionais têm mais disponibilidade um para o outro. E isso é muito bom."

Essa solidariedade sem pressa, na opinião de Cristiana Tejo, é uma característica da cidade. "Temos um ritmo próprio, um fluxo produtivo muito diferente do paulista, por exemplo. Nosso tempo é mais orgânico", diz Cristiana, que integra o grupo de oito mulheres que se revesam na atenção aos residentes do Fonte, que fica no Edifício Pernambuco.

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