Tintin inspira filme em 3D de Steven Spielberg

Obra mistura três narrativas do herói: O segredo do Licorne, O caranguejo das pinças de ouro e O tesouro de Rackham, o Terrível
da Agência Estado
Publicado em 13/04/2011 às 14:03
Foto: Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem


Como diria o Capitão Haddock: com mil borrascas! Estreia mundial em 26 de outubro um filme que não vai deixar opção de meio-termo: muitos vão amá-lo ardentemente, mas os que o odiarão vão detestá-lo também com igual ardor. As primeiras fotos da produção correm o mundo pela internet, causando rebuliço por causa das expressões meio "borrachudas" dos personagens.

Trata-se de O segredo do Licorne, o primeiro filme de uma trilogia de Steven Spielberg que revisita Tintin, o clássico personagem das HQs criado por Georges Remi, o Hergé, em 1929. Os tradicionalistas já torcem o nariz: é um filme em 3D, cercado por toda a moderna tralha tecnológica da era do Multiplex, o que vai dividir os milhares de fãs pelo mundo.

O projeto nasceu nos anos 1980, quando Spielberg lançou Os caçadores da arca perdida, a aventura de Indiana Jones. Em 1982 um jornalista comparou as aventuras do personagem de Spielberg às do intrépido repórter dos quadrinhos Tintin. O cineasta se interessou e entrou em contato com Hergé em 1983. Iam se encontrar, mas o desenhista morreu pouco depois.

O álbum em que se baseia o novo filme de Spielberg foi publicado no jornal belga Le Soir em 1942. Trata da busca do navio Licorne uma nau de terceira linha da frota de Luís XIV que fora tomada pelo pirata Rackham, o Terrível (no filme de Spielberg, quem o dubla é o 007, Daniel Craig). O diretor o misturou com duas outras aventuras: O caranguejo das pinças de ouro, de 1940, e O tesouro de Rackham, o Terrível, de 1943.

O coprodutor do filme de Spielberg é Peter Jackson (de O senhor dos anéis), que impeliu o filme a buscar a técnica de "performance capture", um sistema que se baseia nos movimentos de um grupo de performers humanos e depois é redefinido em computador. Simplificando: é um filme de animação com "avatares" do mundo real. Pelas primeiras imagens, divulgadas em revistas como Empire, Cahiers du Cinéma e Première, dá para ver que o hiper-realismo predomina na visão Spielberg-Jackson do herói. O resultado lembra um pouco aquele do filme O expresso polar, dirigido por Robert Zemeckis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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