A acachapante premiação do cinema pernambucano no 45º Festival de Brasília, na noite de segunda-feira (24/09), não será esquecida por muitos anos. Mesmo que a associação do festival com a produção local já exista há um bom tempo, desta vez a história foi escrita por muita gente. A confirmação da dupla vitória de Eles voltam, de Marcelo Lordello, e de Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes, que dividiram o Troféu Candango de Melhor Filme, não deixou dúvidas quantos aos esforços empreendidos pelos cineastas e o Governo do Estado na criação de um cinematografia local forte e independente.
Dos sete filmes que competiram apenas um - o curta Câmara escura, de Marcelo Pedroso - foi esquecido. Ao todo, foram 16 prêmios recebidos pelos filmes pernambucanos. Em dinheiro, o valor chega a cerca de R$ 300 mil - uma fração mínima do investimento feito pelo Estado nos últimos cinco anos. Mas a quantia tem um valor simbólico maior do que aparenta: apesar de pequeno, o retorno vale como reconhecimento para toda a cadeia do audiovisual ao atingir produtores, cineastas, técnicos e atores.
Durante a premiação, Marcelo Gomes ficou exultante quando seu longa-metragem ganhou o Candango do Júri Popular e não se furtou em mandar um recado ao distribuidor Jean-Thomas Bernardini, da Imovision: "Olha aí, Jean-Thomas, já temos o público ao nosso lado. Vamos caprichar no lançamento", disse em alto e bom som. Marcelo espera que Era uma vez eu, Verônica, chegue às salas de cinemas em dezembro.
O repórter viajou a convite da produção do festival