O VII Janela Internacioanal de Cinema do Recife anunciou nesta terça-feira (20/10), a esperada lista de clássicos a serem exibidos na edição deste ano do evento, que acontece do 6 a 15 de novembro, no Cinema São Luiz.
São 11 longas-metragens que compõem a sexta edição do Clássicos do Janela. Os filmes estão agrupados sob o tema Filmes de Rua, com longas em a ação, em sua parte, se passa em exteriores de cidades. Pela primeira vez, a maioria dos vai ganhar duas exibições.
Entre os filmes, que serão exibidos em cópias digitais restauradas, encontram-se clássicos de Alfred Hitchcock, Charlie Chaplin e David Lean. Além dos filmes de rua, a programação inclui algumas comédias de horror, como A Pequena Loja de Horrores e Um Lobisomem Americano em Londres.
O filme pernambucano Amigos de Risco, de Daniel Bandeira, que estava fora de circulação, vai ganhar uma exibição conjunta com Os Selvagens da Noite, de Walter Hill. O longa-metragem Fantasia, produzido pela Disney, também ganhará uma sessão especial.
Clássicos do Janela 2015 – Exibição em DCP
Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, Inglaterra/EUA, 1981, 97 min), de John Landis. Dois estudantes americanos perdidos na Grã-Bretanha encontram o horror de um lobisomem numa noite de lua. Um amigo vira zumbi e o outro irá virar lobo nas ruas de Londres, numa rara mistura de terror sanguinário e humor sombrio. A trilha sonora e os efeitos especiais são incríveis.
O Grande Lebowski (The Big Lebowski, EUA, 1998, 117 min), dos irmãos Cohen. "The Dude", mestre maconheiro e preguiçoso conceitual, precisa esclarecer um engano absurdo que envolve o seu nome, Lebowski. A cidade de Los Angeles com seu ar entorpecido é o espaço urbano perfeito para essa comédia inesquecível. Um dos melhores filmes do irmãos Coen, donos de uma vasta filmografia.
Desencanto (Brief Encounter, Inglaterra, 1945, 86 min, p&b), de David Lean. Tão discreta quanto poderosa, uma história de amor entre um homem e uma mulher casados acontece a partir de uma estação de trem e toma as ruas de Londres imediatamente após a 2ª Guerra. Eles vão também ao cinema. A obra prima de David Lean completa, em 2015, 70 anos.
As Luzes da Cidade (City Lights, EUA, 1931, 87 minutos, p&b), de Charlie Chaplin. O amor do clássico vagabundo de Chaplin por uma garota que vende flores. O fato dela ser cega apenas aumenta o melodrama sublime dessa obra-prima que marca perfeitamente a transição do cinema mudo para o sonoro.
Cría Cuervos (idem, Espanha, 1976, 110 minutos), de Carlos Saura. O retrato intimista de uma criança que acredita ter domínio sobre a vida e a morte da sua família. As ruas de Madri pontuam a respiração do filme, repleto de sentimentos maduros de amor e perda.
Jackie Brown (idem, EUA, 1997, 154 minutos), de Quentin Taratino. Jackie Brown, mulher poderosa, domina uma situação que envolve criminosos, policiais e pelo menos um gentil admirador. Tudo gira em torno dela sob o comando dela, neste que é o filme mais próximo de um realismo palpável na obra de Quentin Tarantino, filmado no nível das ruas de Los Angeles.
A Pequena Loja de Horrores (Little Shop of Horrors, EUA, 1986, 84 minutos), de Frank Oz. Numa rua pobre de uma paisagem urbana fictícia, uma pequena floricultura ganha uma estrela na sua vitrine: uma adorável planta carnívora que, como um produto rentável de mercado, só faz crescer, crescer, crescer, engolindo vivas as suas vítimas. Delicioso.
Intriga Internacional (North by Northwest, EUA, 1959, 136 minutos), de Alfred Hitchcock. Um executivo do mercado publicitário em Nova Iorque (na mesma linha de tempo do excelente seriado Mad Men, que pesquisou esse filme de Hitchcock) vê-se envolvido numa trama espetacularmente absurda de mistério e intriga. Um dos filmes mais elegantemente divertidos do mestre do cinema, dos gráficos de Saul Bass na abertura à safadeza sofisticada do plano final.
Os Selvagens da Noite (The Warriors, EUA, 1979, 92 minutos), de Walter Hill. A epopeia de uma gangue - Os Warriors - para voltar para casa numa noite eletrizante nas ruas de uma Nova Iorque do final dos anos 1970. O filme nos lembra que Walter Hill é um dos grandes diretores de ação do cinema americano.
Amor, Sublime Amor (West Side Story, EUA, 1961, 152 minutos), de Robert Wise. Adaptação do mito de Romeu e Julieta para as ruas de Nova Iorque no início dos anos 1960, já tensas racialmente. Ela é branca, e ele é portorriquenho. A música de Leonard Bernstein, a decupagem clássica e tela larga fizeram a fama desse super musical hollywoodiano.
Sessão Especial : Fantasia (idem, EUA, 1940, 125 minutos), de Norm Ferguson. A integração das grandes obras da música clássica com visuais extremamente criativos e originais da animação.