Para o público jovem ele será sempre o Severus Snape da série Harry Potter, personagem ambivalente que só no desvendamento do enigma do Príncipe se revelava o herói da saga do pequeno mágico. Essa ambivalência, levada até o desfecho, era decorrência do sinistro vilão - Hans Gruber - que Alan Rickman interpretou em Duro de Matar, de John McTiernan, o primeiro da série com Bruce Willis como McClane. Em pleno Natal, ele invadia torre de cristal em Los Angeles, forçando McClane a resistir para salvar a mulher, uma das reféns.
Rickman fez teatro, cinema e TV. No teatro, venceu três Tonys (o Oscar do teatro nos EUA) e três Olivier (o Oscar do teatro inglês). O primeiro grande papel foi como Valmont em Ligações Perigosas, na peça de Christopher Hampton, em 1986, quando já tinha 40 anos. Nasceu em Londres, em 1946. Outro grande sucesso no palco foi em Antônio e Cleópatra, de Shakespeare, em 1989 - a rainha do Nilo era Helen Mirren. Entre seus outros filmes como ator contam-se - Razão e Sensibilidade, Michael Collins - O Preço da Liberdade, Perfume - A História de Um Assassino e Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet.
Ganhou o Bafta de coadjuvante por Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, de Kevin Renolds, onde fazia o vilão do herói Kevin Costner, em 1991. E o Globo de Ouro de série dramática por Rasputin, em 1997. Alan Rickman dirigiu dois filmes - o intimista Momento de Afeto, com Emma Thompson e sua mãe, Phyllida Law, em 1997. E Um Pouco de Caos, com Kate Winslet, sobre a construção dos jardins de Luís XIV, no ano passado. O filme era muito bom, mas o fato de ser falado em inglês, passando-se na corte francesa, irritou a maioria da crítica. Rickman deixa dois trabalhos inéditos. Faz a voz da lagarta em Alice Através do Espelho, com estreia anunciada para este ano e participa de Eye on the Sky, de Gavin Hood.