'Círculo de Fogo 2' chega aos cinemas com efeitos visuais encantadores

Com o subtítulo 'A Revolta', o filme encanta e diverte como o primeiro 'Círculo de Fogo', atentando para a questão de que todos podem fazer a diferença
JC Online
Publicado em 22/03/2018 às 14:19
Com o subtítulo 'A Revolta', o filme encanta e diverte como o primeiro 'Círculo de Fogo', atentando para a questão de que todos podem fazer a diferença. Foto: Foto: Divulgação


O ano é 2035. Dez anos se passaram desde que a Fenda foi fechada e os “Kaijus” — bestas gigantes projetadas pelos alienígenas Precursores que possuem como objetivo a extinção da raça humana — deixaram de irromper das profundezas do Oceano Pacífico. O clima é de pós-guerra, a vigilância se tornou um estilo de vida e o Corpo de Defesa Pan Pacífico (PPDC) renasce como uma força global, com avançados “Jaegers” (guerreiros robóticos gigantes) e uma nova geração de jovens pilotos — os quais comandam os Jaegers a partir de uma ponte neural, o “Fluxo”. É nessa ambiência que se situa o segundo filme da saga de fantasia/ação Círculo de Fogo (Pacific Rim), que chega hoje aos cinemas brasileiros com o subtítulo A Revolta (Uprising).

Dirigido pelo norte-americano Steven S. DeKnight (das séries de TV Spartacus e Daredevil), o longa-metragem, baseado nos personagens criados por Travis Beacham, estreia quase cinco anos após o lançamento do primeiro filme — sob a direção do consagrado mexicano Guillermo Del Toro (A Forma da Água, O Labirinto do Fauno), que retorna como coprodutor e consultor visual —, prometendo agradar novas plateias e também contemplar os fãs. Não é à toa que dois dos mais cativantes personagens da obra original retornam a seus papéis: os excêntricos cientistas Newton Geiszler, ou “Newt” (Charlie Day), e Hermann Gottlieb (Burn Gorman).

O que muda agora é que Newt não trabalha mais no PPDC, tendo assumido o cargo de chefe de pesquisa e desenvolvimento na Shao Industries — empresa responsável pela criação de um sistema de “drones de Jaeger”, que retiraria os tripulantes de dentro dos robôs e faria com que eles fossem controlados, remotamente, por um único piloto. O que evitaria a necessidade de encontrar e treinar pessoas compativelmente sincrônicas (como no filme 1).

Esses drones não tripulados, entretanto, acabam se rebelando contra seus criadores e gerando um conflito inesperado Jaeger vs. Jaeger. Para conter a situação e defender a humanidade, os jovens combatentes, chamados de cadetes, são acionados. Entre eles está Amara (Cailee Spaeny), uma “hacker de Jaeger” de 15 anos que perdeu a família na Guerra Kaiju. Ela é recrutada para a Academia do PPDC após ficar na berlinda junto a Jake (John Boyega), o filho rebelde do lendário herói de guerra Stacker Pentecost (interpretado por Idris Elba na obra original, que dá sua vida para fechar a Fenda). O que esses cadetes, liderados por Jake, não sabiam era que essa seria apenas a primeira batalha em direção a uma guerra contra uma nova espécie de Kaijus, que ressurge através de uma intervenção humana inesperada.

A esperança

Enquanto o conflito se desenrola, em paralelo se revela a história de redenção de Jake, seu conflituoso passado com o próprio pai. O que gera vínculo com o público e dá a nuance dramática necessária para a trama, que diverte e encanta com os seus espetaculares efeitos visuais, mas acaba sendo muito mais do que isso. É sobre pessoas de todos os tipos se unindo em prol de um bem comum, em tempos onde a intolerância tem falado tão alto. Esses jovens representam a luz, a esperança. O que se reflete na clara paleta de cores do filme, diferentemente do que se vê em Círculo de Fogo 1, onde os ataques são sempre noturnos.

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