CINEMA

Henfil é o grande vencedor do Cine PE 2018

Documentário de Angela Zoé, sobre o cartunista carioca, ganhou quatro Calungas no festival

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 05/06/2018 às 23:53
Diego Nigro/JC Imagem
Documentário de Angela Zoé, sobre o cartunista carioca, ganhou quatro Calungas no festival - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Pelo terceiro ano consecutivo, o Calunga de Melhor Filme da Mostra Competitiva de Longas-Metragens do Cine PE vai para um documentário. Na cerimônia de premiação da 22ª edição do evento, na noite desta terça-feira( 5/6), no Cinema São Luiz, o grande vencedor desta vez foi a produção carioca Henfil, de Angela Zoé, que apresentou para um novo público a trajetória do politizado cartunista carioca – morto em 1998, aos 43 anos, depois de uma longa batalha contra a hemofilia e a Ditadura Militar, da qual foi um dos maiores críticos.

Nas duas últimas edições do festival, os vencedores foram os pernambucanos Danado de Bom, de Debby Brennand, e O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo. Henfil coroou o trabalho de Angela Zoé, que conquistou outros dois Calungas: Direção e Roteiro, este dividido com Gabriela Javier. O quarto Calunga de Henfil foi o de Montagem. Com a experiência de mais de 20 anos de dedicação ao documentário, através da produtora Documenta, Angela já havia produzido Betinho, a Esperança Equilibrista, de Victor Lopes. O sociólogo Betinho (Herbert Souza), que também morreu em decorrência de problemas relativos à hemofilia, era irmão de Henfil e do músico Chico Mário, vítima também do mesmo problema.

Outra produção carioca também foi muito premiada, mais até do que Henfil, mas que não foram os principais. Os Príncipes, de Luiz Rosemberg Filho, levou seis Calungas, três dos quais para os atores do filme: Tonico Pereira, Patricia Niedermeier e Igor Cotrim, que dividiu o prêmio com o jovem Arthur Ávila, de Dias Vazios.

Na Mostra Pernambucano, o Calunga de Melhor filme foi, com justiça, para o documentário Uma Balada para Rocky Lane, de Djalma Galindo. Entre os curtas nacionais, os prêmios foram divididos para vários filmes. O principal ficou para o falso documentário Vidas Cinzas, de Leonardo Martinelli, que imaginou um Rio de Janeiro sem cores.

PREMIAÇÃO

Mostra Competitiva de Longas-Metragens

Filme: Henfil
Direção: Angela Zoé (Henfil)
Roteiro: Angela Zoé e Gabriela Javier (Henfil)
Fotografia: Alisson Prodlik (Os Príncipes)
Montagem: João Rodrigues e Indira Rodrigues (Henfil)
Edição de Som: Marcito Vianna (Os Príncipes)
Trilha Sonora: Gustavo Jobim (Os Príncipes)
Direção de Arte: Letycia Rossi (Dias Vazios)
Ator Coadjuvante: Tonico Pereira (Os Príncipes)
Atriz Coadjuvante: Carla Ribas (Dias Vazios)
Ator – Ex-Aequo: Igor Cotrim (Os Príncipes) e Arthur Ávila (Dias Vazios)
Atriz – Patrícia Niedermeier (Os Príncipes)

Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais

Filme: Vidas Cinzas, de Leonardo Martinelli
Direção: Klaus Hastenreiter (Não Falo com Estranhos)
Roteiro: Rubens Passaro (Universo Preto Paralelo)
Fotografia: Ivanildo Machado (Sob o Delírio de Agosto)
Montagem: Pedro de Aquino (Vidas Cinzas)
Edição de Som: Rafael Vieira (Abismo)
Trilha Sonora: Alexsandra Stréliski e Ludovico Einaudi (Plantae)
Direção de Arte: Rachel Oleksy (Teodora Quer Dançar)
Ator: Jurandir de Oliveira (Abismo)
Atriz: Mariana Badan (Teodora quer Dançar)

Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos

Filme: Uma Balada para Rocky Lane, de Djalma Galindo
Direção: Diego Melo (Seja Feliz)
Roteiro: Fabio Ock (Seja Feliz)
Fotografia: Henrique Spencer (Frequências)
Montagem: Marcos Buccini (O Consertador de Coisa Miúdas)
Edição de Som: Adalberto Oliveira (Frequências)
Trilha Sonora: Neilton Carvalho (O Consertador de Coisas Miúdas)
Direção de Arte: Lia Letícia (Frequências)
Ator: Heraldo Carvalho (Edney)
Atriz: Roberta Mharciana (Cara de Rato)

Prêmio da Crítica
Longa-Metragem: Christabel
Curta Nacional: Abismo
Curta Pernambuco: Seja Feliz

Prêmio Canal Brasil
Melhor Curta: Universo Preto Paralelo

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