Entrevista dramática de Ana Hickmann é repetida exaustivamente na Record

Em busca de audiência, depoimento da apresentadora foi ao ar durante toda esta segunda-feira (23) em quase todos os programas da casa
JC Online
Publicado em 24/05/2016 às 11:30
Em busca de audiência, depoimento da apresentadora foi ao ar durante toda esta segunda-feira (23) em quase todos os programas da casa Foto: Foto: Rede Record/Reprodução


Quando as televisões tem um caso polêmico nas mãos, é até natural que a abordagem seja feita das mais diversas formas, principalmente, quando as emissoras veem a audiência crescer em virtude das mesmas. Mas o que tem acontecido com a Rede Record atualmente no dramático caso de sua apresentadora Ana Hickmann soa perto do oportunismo beirando ao mal gosto devido às reprises exaustivas do depoimento da artista que, nesta segunda-feira (23), foi reprisado em quase todos os programas da casa, de acordo com o site Notícias da TV.

Segundo o portal, a entrevista concedida por Ana Hickmann - que sofreu uma tentativa de homicídio por um fã em Belo Horizonte - ao repórter Vinícius Dônola, exibida originalmente no Domingo Espetacular, foi reexibida ontem em todos os programas jornalísticos da emissora, do primeiro matinal ao Fala que Eu te Escuto. E como resultado, a audiência cresceu mais de 20%.


Como se não houvesse mais outro assunto de relevância, o depoimento de Ana surgiu logo cedo no Balanço Geral Manhã e no SP no Ar. Foi reprisado na íntegra no Fala Brasil e no Hoje em Dia. Trechos foram reexibidos mais de uma vez no Balanço Geral do meio dia e no Cidade Alerta. O material ganhou mais cinco minutos no Jornal da Record. E dominou a edição do Fala que Eu te Escuto, já na madrugada desta terça (24) com mais uma reapresentação.

Ainda de acordo com o Notícias, cada programa tinha um tom. No Hoje em Dia, o apelo era a solidariedade dos colegas de programa; no Balanço Geral, o "diferencial" foi o heroísmo do cunhado que salvou a apresentadora; no Cidade Alerta, Marcelo Rezende surgiu levantando supostas contradições do caso, como as circunstâncias em que Gustavo Correa, o cunhado herói, teria dominado e eliminado o agressor. No Fala que Eu te Escuto, a moral religiosa ditava a linha editorial.

No fim das contas, as exaustivas reprises tinham apenas um  propósito: obter audiência, já que não havia quase nada de novo a informar, a não ser que a cunhada da apresentadora, atingida por um tiro, permanecia internada em estado grave em um hospital da região metropolitana de Belo Horizonte.

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