Malvino Salvador gosta de adrenalina, como seu personagem em 'Haja Coração'

A relação de Apolo (Malvino Salvador) e Tancinha (Mariana Ximenes) continua movimentada em Haja Coração, novela das 19h da Globo. Nos próximos capítulos da trama, o piloto vai desistir de trabalhar nos Estados Unidos, mas o clima de paz não deve durar muito tempo, uma vez que Beto (João Baldasserini) já está armando outro plano para separar o casal. 

"O Apolo e a Tancinha são muito parecidos. Os dois têm pavio curto e agem bastante com o coração. Isso faz com que eles tenham essa relação de gato e rato, que ainda vai dar muita confusão", confirma Malvino.

Em uma destas brigas, Apolo conhece Tamara (Cleo Pires), que será sua adversária na pista de corrida. Alucinada por adrenalina, a competição com o ex-caminhoneiro instigará Tamara a se apaixonar por ele. Dessa forma, a moça se torna mais um empecilho na história de Tancinha e Apolo.

"O Apolo conhece a Tamara, que é corredora como ele e acaba se tornando sua rival. Essa tensão e as brigas com Tancinha vão fazer os dois se aproximarem e eles acabam se relacionando", revela o ator.

Fã de Fórmula 1, Malvino Salvador adora velocidade e a oportunidade de interpretar o piloto Apolo em Haja Coração caiu como uma luva. Para ele, essa é a chance de se aproximar de emoções que sentia quando era mais novo e acompanhava o mundo das corridas. No entanto, o ator admite que não assiste mais.

"Depois que o Ayrton Senna morreu, parei de acompanhar. Meu primeiro ídolo é meu pai, mas, sem ser de sangue, acho que os únicos ídolos que tenho são o Ayrton Senna e o Muhammad Ali. Então, vivendo um corredor, estou, de alguma forma, resgatando uma emoção de quando assistia às corridas do Senna", diz.

Apesar da preparação de dois meses para o personagem, Malvino conta que não passou por nenhum laboratório para ser piloto. Para o ator, isso não foi necessário, uma vez que ele não precisa entrar numa pista de corrida de verdade. Além disso, Malvino garante que a adrenalina que o Apolo sente como piloto, ele já sentiu como atleta.

"A adrenalina do esportista é inerente ao esporte praticado, seja ele qual for. E eu já vivi isso por muitos anos da minha vida, porque competi por mais de dez anos na natação e no jiu-jitsu. Eu sei o que move o atleta, então isso para mim não foi uma preocupação, porque é um ambiente com o qual eu sei lidar", afirma.

Identidade própria

Aos 40 anos, Malvino já interpretou alguns protagonistas como em Caras & Bocas e Amor à Vida. No entanto, o ator diz não ter se acomodado ao papel de mocinho e estar sempre buscando tramas que tenham bons conflitos. 

Para viver Apolo em Haja Coração, ele identificou imediatamente um caminho a seguir, antes mesmo de se preparar. Ter essa visualização de como seria o seu Apolo, deu a ele carta branca para compor o piloto sem buscar referência no trabalho feito por Alexandre Frota em Sassaricando, de Silvio de Abreu, na qual a novela atual se inspirou. 

"Eu era jovem quando passou Sassaricando, mas assistia e adorava. Eu me lembro muito do Apolo e da Tancinha. No entanto, a gente teve a liberdade total de construir os personagens do zero, porque são outros atores vivendo uma história que também é nova", observa Malvino.