Regina Duarte diz 'sim' a Bolsonaro e assume Secretaria Especial de Cultura

Contudo, Regina Duarte disse que ainda é 'cedo' para dizer o que pretende fazer na Cultura
JC Online
Publicado em 29/01/2020 às 18:19
Contudo, Regina Duarte disse que ainda é 'cedo' para dizer o que pretende fazer na Cultura Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR


Atualizada às 21h22

Depois de muito suspense, a atriz Regina Duarte disse 'sim' para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e assumirá a Secretaria Especial de Cultura. A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira (29), no Palácio do Planalto. Ela chega para ocupar o lugar de Roberto Alvim, demitido por Bolsonaro depois que publicou um vídeo com um discurso quase idêntico ao do ideólogo nazista Joseph Goebbels.

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Ao chegar ao Palácio do Planalto, a atriz desconversou se aceitaria o convite. "Para o sim, para o não, para o talvez, preciso de vocês. Ih, rimou, né? Para o sim, para o não ou para o talvez, preciso de vocês", disse ela a jornalistas. Questionada sobre o que pretende fazer na Cultura, Regina afirmou que "é cedo".

Na saída da sede do Executivo Federal, Regina confirma que aceitou o convite de Bolsonaro. "Sim [aceitei], só que agora vão ocorrer os proclamas [trâmites formais] antes do casamento", afirmou, sem dizer a data em que deverá ser nomeada. Ela estava acompanhada da reverenda Jane Silva, que foi nomeada secretária especial adjunta de Cultura.

O presidente Jair Bolsonaro também confirmou o "sim" de Regina, sem dar prazo para que ela assuma as funções. "Está tudo certo, está caminhando, ela está acertando as questões pessoais dela. Não tem prazo", afirmou ao chegar no Palácio do Alvorada, residência oficial, depois do encontro com a atriz.

Em uma entrevista, na última terça-feira, 28, o Bolsonaro afirmou que Regina terá liberdade para fazer as mudanças que ela quiser, caso aceitasse assumir a Secretaria Especial.

"Para mim seria excepcional, para ela, ela tem a oportunidade de mostrar realmente como é fazer cultura no Brasil. Ela tem experiência em tudo que vai fazer. Precisa de gente com gestão ao seu lado, tem cargo para isso, vai poder trocar quem ela quiser lá sem problema nenhum. Então tem tudo para dar certo a Regina Duarte", disse Bolsonaro.

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Após se reunir com o presidente, Regina foi à Secretaria-Geral da Presidência para se informar sobre as formalidades para assumir o cargo público.

Regina terá que suspender seu contrato com a TV Globo

Regina Duarte nasceu no dia 5 de fevereiro de 1947. Com 55 anos de carreira, é uma das atrizes mais famosas do país, com dezenas de novelas no currículo. Os seus papéis mais marcantes foram em folhetins como Selva de Pedra, Irmãos Coragem, Vale Tudo, Roque Santeiro, Rainha da Sucata e Malu Mulher, além da personagem Helena em três obras do autor Manoel Carlos (História de Amor, Por Amor e Páginas da Vida). Para assumir o cargo de secretária especial, a atriz terá que suspender seu contrato com a TV Globo, segundo informou a própria emissora.

Como o convite foi feito?

Em entrevista à Jovem Pan, no último dia 17, após receber o convite, Regina falou que o próprio presidente Bolsonaro ligou para ela e fez o chamado. "Eu fiquei muito surpresa, porque eu não esperava", disse ela sobre a ligação. "Eu tava muito impressionada e, ainda, digerindo todas as coisas que causaram o afastamento dele [Alvim] da secretaria", explicou. A atriz contou que Bolsonaro foi insistente no convite. Ela disse que, ainda na ligação, respondeu a ele que não estava preparada para assumir o cargo, mas ele insistiu. "Se prepara, se prepara porque eu quero você. Tem muita força ao seu favor e tem a minha força também para que você aceite", teria dito Bolsonaro, segundo Regina. "Eu fiquei muito honrada e emocionada. Eu amo o Brasil. Eu quero fazer o possível para dar certo, para acontecer, mas ainda não sei, porque eu não falei com os três filhos, falei só com dois e ainda tô pesando uma série de coisas bastante importantes", concluiu.

Regina já havia sido chamada anteriormente para o posto pelo presidente Jair Bolsonaro, mas recusou. A atriz vinha sendo cortejada por membros do entorno do presidente desde o anúncio da exoneração de Alvim. No momento em que recebeu o convite, teria dito a interlocutores que ficou animada com o chamado para assumir a posição.

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