A associação Procure Saber, que reúne artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, desistiu da discussão sobre biografias não autorizadas - o Supremo Tribunal Federal julgará o caso na quarta (10).
"Estamos fora do assunto desde a saída de Roberto Carlos", diz Paula Lavigne. O grupo era a favor de autorização prévia da família de biografados antes da publicação de livros sobre suas trajetórias.
Para participar do julgamento, Roberto criou em 2013, logo após deixar o Procure Saber, uma entidade chamada Instituto Amigo.
Em 2014, Caetano Veloso gravou um vídeo em que explicava as prioridades da associação e que, naquele momento, a questão das biografias não era uma das prioridades do grupo.
"Nunca fui pela exigência de autorização para que biografias fossem publicadas, mas prometi não atrapalhar - e até ajudar - meus amigos que não pensam assim. Terminei descobrindo quantas razões eles tinham para ter a postura crítica da lei liberadora sumária que acabou sendo adotada", disse então o cantor.
Ele diz, no entanto, que essa não é uma das prioridades do grupo no momento. As preocupações do Procure Saber estão mais ligadas ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e "questões trabalhistas", como afirma o músico.
Desde então, o Procure Saber centrou sua atuação em três principais áreas: a regulamentação da lei do Ecad, aumentar arrecadação de direitos autorais na internet e as leis trabalhistas que regem o dia-a-dia dos músicos.