Vencedores do Prêmio Pernambuco de Literatura terão obras publicadas pela Cepe em 2017

Estimular a boa produção literária por todo o Estado é, desde a primeira edição, o intuito defendido pelo Prêmio Pernambuco de Literatura. Iniciativa da Secretaria Estadual de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) em parceria com a Editora Cepe, a honraria chegou ao quarto ano, com os vencedores anunciados em coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem, no Espaço Pasárgada (Boa Vista).

O grande vencedor foi o romance Curso de Escrita de Romance Nível 2, do jornalista Álvaro Filho. Nele, um escritor iniciante narra sua participação em um curso de escrita criativa. Abusando da ironia, o livro explora novas construções para os romances, enquanto brinca com os clichês das narrativas policialescas.

“Escrevi o livro em 21 dias, durante uma viagem à Lisboa (Portugal), onde participei de um curso de escrita. A história, então, brinca com essa coisa pretensiosa que existe nos romances noair, uma certa glamourização. O resultado da obra  foi pra mim  também um desafio de produzir como escritor,  numa dinâmica bem distinta da jornalística”, contou Álvaro ao JC.

Curso de Escrita..., assim como os outros quatro premiados, será publicado em 2017 pela Cepe. Os vencedores também receberão um valor em dinheiro, sendo R$ 20 mil para o primeiro colocado e R$ 5 mil para os demais: A Dakimakura Flutuante, de Camillo José; Todas as Coisas Sem Nome, de Walther Moreira Santos; Paulatim – Fuga em Si Menor, de Paulo Gervais; e Ruinosas Ruminâncias, de Philippe Wollney.

Vencedor também em 2013, com O Metal de Que Somos Feitos, Walther Moreira Santos, natural de Vitória de Santo Antão, comemorou o bi-campeonato. “Que honra! Vem livro novo para adultos por aí, com o padrão caprichadíssimo da Cepe”, disse. Em Todas as Coisas..., reunião de contos campeã deste ano, conflitos familiares, crimes e mistérios são alguns dos temas abordados.

O JÚRI

Os cinco vencedores foram escolhidos dentre 236 obras habilitadas, submetidas a um processo de seleção em duas fases para, então, se chegar ao resultado final. Primeiro, uma comissão formada pela escritora Micheliny Verunschk, pelo escritor Nivaldo Tenório e pela professora Cristina Botelho nomeou 15 finalistas.

Foi do segundo júri, composto por quatro membros do Conselho Editorial da Cepe, além Nivaldo Tenório, que saíram os nomes dos vencedores de 2016.