Fernanda Takai vai logo avisando que foi o jeito que ela encontrou e pede que a deixem apenas mostrar o amor. A mensagem, direta e despretensiosa, chega na terceira faixa, a oitentista De um jeito ou de outro, do seu novo trabalho, lançado na semana passada. Com a melodia de Marcelo Bonfá e bateria de Glauco Nastácia, a música sintetiza, em seus diversos aspectos, o que a cantora mineira mostra ao público, neste quarto disco solo, intitulado Na medida do impossível (DeckDisc): muitas parcerias e, pela primeira vez em sua discografia sem o Pato Fu, composições próprias.
Das 13 faixas do álbum, três são letradas por Fernanda. Além de De um jeito..., há Seu tipo – uma das muitas parcerias do álbum, composta com Pitty – e Partidas. A relação ainda pequena de composições próprias em seu disco não a incomoda nem um pouco, pelo contrário. “Não sinto necessidade de me reafirmar com músicas só minhas. Acho a faceta de intérprete muito importante para mim. Mas decidi gravar faixas minhas quando minha filha, Nina, tinha oito anos e me perguntou se não saía nenhuma música da minha cabeça. Passei a me questionar e percebi que o que eu vinha gravando eram canções de outras pessoas só”, conta.