Menos de quatro meses após o fim do The voice Brasil, na Rede Globo, chegaram às lojas na primeira semana do mês os CDs de três dos participantes que mais se destacaram nessa edição do reality show: o cearense Sam Alves (que venceu a competição), a paraibana Lucy Alves e o paulista Dom Paulinho Lima. Os três trabalhos são lançados pela Universal Music, gravadora que entrou como parceira da emissora e que, a priori, é a responsável por garantir o disco do primeiro lugar no jogo.
Em comum, os CDs têm o mesmo conceito: levar para o formato físico o que o público pôde acompanhar na televisão. Isso, entenda, inclui regravar as mesmas músicas que os participantes cantaram nas eliminatórias da disputa. Muitas delas que, inclusive, já estavam disponíveis no iTunes e em programas de streaming, como Deezer e Rdio – a maioria lançada nesses canais pouco tempo depois de irem ao ar na Globo. No caso de Sam, a sensação de repetição vai até mais longe do que isso: entrou no disco a gravação de A thousand years – faixa cantada na fase da batalhas com a participante Marcela Bueno –, que foi feita para o programa, com direito aos aplausos da plateia e a participação da então adversária.
“A ideia desse álbum é trazer a cara do programa. Por isso que foi gravado logo. Ele marca nossa história no The voice e ao mesmo tempo finaliza. No próximo trabalho vou ter como mostrar mais meu lado artístico”, explica Lucy, que assinou um contrato para lançar quatro discos pela gravadora. No álbum, que leva seu nome, há apenas uma faixa inédita: Se você vai eu vou, composta pela dupla Marisa Monte e Carlinhos Brown, que era seu coach no reality show.
Sam, que teve suas músicas entre as mais baixadas no iTunes ao longo da disputa, apresenta no disco Be with me, sua única composição no trabalho. “Sugeri ao meu produtor quando já estávamos encerrando a escolha do repertório e fiquei muito feliz porque consegui emplacar”, explica o cearense que, antes de tentar entrar na versão brasileira do programa havia participado das audições às cegas do The voice americano.
Dom Paulinho Lima, o único dos três que não chegou à final, brinca com o fato: “Ganhei esse programa”, ri. No disco, ele regrava clássicos de Marvin Gaye, Billy Paul e Tony Tornado, entre outros, buscando imprimir uma marca bem diferente da que já teve em outros tempos da carreira, quando foi baterista da banda de pagode Cravo e Canela, responsável por Lá vem o negão, hit na década de 1990. “Toda vez que tocava essa música levantava uma parte da minha casa. Agora o tempo é outro”, finaliza.