Há 20 anos, um grupo de adolescentes recifenses (idade média: 18 anos) era contratado pela Sony Music, quase ao mesmo tempo que Chico Science & Nação Zumbi. Os garotos saíram direto da sala do cursinho de vestibular para o Nas Nuvens, o lendário estúdio de Liminha e Gilberto Gil, onde gravaram o disco de estreia, produzido por Frejat, do Barão Vermelho. A banda é a Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, que envenenou o baião com doses de psicodelia. Neste sábado (14), na casa de shows Estelita, eles lançam a coletânea Trazendo luzes eternas, para celebrar as duas décadas, com disco e show dedicados a Davi Santiago, baterista original do grupo, falecido no ano passado.
Dirceu Melo (vocal, guitarra), Rodrigo Coelho (baixo), Beto Legião (guitarra), Pedro Mesel (percussão) e Joaquim Souza Leão (bateria) compõem a formação atual da Jorge Cabeleira, que repassará o repertório do álbum, com 20 músicas pinçadas dos dois discos que a banda gravou. O primeiro, que leva o nome da banda por título, lançado pela Sony Music, e o segundo, Alugam-se asas para o Carnaval, produção independente, de 2001.
A compilação Trazendo luzes eternas inclui ainda duas canções inéditas: Apreciação e Aboio pra vida (ambas de Dirceu Melo). Entre as canções do show, O cheiro da Carolina (Amorim Roxo/Zé Gonzaga), hit do disco de estreia; Trovoada; Rock do diabo e Psico baião.