Fábio Trummer fala sobre a gravação do novo disco da Eddie e revela próximos passos

Morte e vida é o 6ª disco autoral da banda Eddie e o primeiro totalmente gravado em Olinda
Alef Pontes
Publicado em 31/01/2015 às 5:53
Morte e vida é o 6ª disco autoral da banda Eddie e o primeiro totalmente gravado em Olinda Foto: Diego Nigro/JC Imagem


“Em março do ano passado, eu comecei a compor as músicas. Terminei, gravei tudo no violão e enviei para os caras da banda. Eles ouviram e, no final de novembro, a gente começou a ensaiar em São Paulo. Continuamos aqui (em Olinda) no mês de dezembro inteiro e no dia 5 de janeiro começamos a gravar todos os dias úteis, até a primeira semana de fevereiro.” Esta é a rígida rotina que Fábio Trummer e os companheiros de banda vêm seguindo desde o ano passado para a produção de Morte e vida, o sexto disco autoral da Eddie, e o primeiro totalmente gravado em Olinda.

O cronograma foi revelado pelo vocalista do grupo, em entrevista nos intervalos de gravação, no Estúdio Fruta Pão Records (dos produtores Berna Vieira e Zé Oliveira), na Cidade Alta. “Olinda veio ter estúdios de gravação há pouco tempo. Esse estúdio é da primeira geração e é da produtora da gente. Além disso, eu gosto de fazer a coisa bem lo-fi, porque o forte da gente, e meu como produtor, é saber montar, transformar e dar uma identidade com o que a gente tem”, conta Trummer, que também assina a direção musical.

Ele explica que um dos motivos para a escolha do local – independentemente de polêmicas sobre a não participação da banda no Carnaval olindense – foi justamente pela necessidade de se focar no processo de gravação: “Aqui é um lugar em que a gente tem mais tranquilidade. Montamos um esquema de trabalho que começa às 10h e segue, normalmente, até às 19h. Eu consigo ter uma disciplina pra gente render o trabalho, porque se não se perde”. A disciplina e cuidado resultaram em mais rendimento. “A gente realmente tinha a intenção de desenvolver o Eddie enquanto Eddie, a sua linguagem. E tentar ir além do já conseguimos afirmar”, complementa.

"2014 foi um ano que eu trabalhei muito, me tranquei em casa. Composição é um processo de se trancar mesmo"

Trummer ainda revela que, além das referências já conhecidas do trabalho, como o frevo, samba, rock e reggae, a banda buscou explorar novos territórios, como uma mistura do frevo canção com o bolero: “A gente tem uma cultura muito rica e somos admiradores de uma cultura universal. Então, é uma brincadeira muito boa, pensar músicas a partir dessas diferenças culturais, e tentar fazer uma música própria.”

Morte e vida conta com 11 composições, sendo dez de autoria de Trummer e uma de Kiko e Rob Meira (bateria e baixo), que depois recebeu letra de Fábio e Erasto – sendo a única parceria do álbum. Destas, com exceção de Quebrou, saiu e foi ser só, que apesar de não ter sido gravada já esteve no repertório de shows da Trummer SSA (projeto paralelo com os músicos Dieguito Reis e Luca Bori, da Vivendo do Ócio), todas as músicas são inéditas. Entre as participações do álbum, o músico confirmou KSB, Jam da Silva, João do Cello. Fala ainda sobre outras possíveis participações: Zé da Flauta, um violinista e uma voz feminina (a definir). “Tem uma música que remete a um samba de roda baiano, em que a voz das mulheres são importantíssimas para dar esse ambiente”, explica.

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