A morte precoce do cantor Prince nesta quinta-feira (21), em Minneapolis (EUA), não só pegou o mundo musical de surpresa, como interrompeu drasticamente a carreira do intérprete e hitmaker de 57 anos, que estava em plena atividade.
O artista estava focado em sua nova turnê Prince's Piano & A Microphone Tour onde, basicamente, se permitiu desligar de todos os instrumentos para entregar ao seu público apenas sua voz e sensibilidade nos toques do instrumento que, por si só, tem o poder de executar qualquer canção sem precisar de maiores floreios. As apresentações começaram em novembro do ano passado e foi retomada em fevereiro de 2016.
No mês de dezembro de 2015, Prince lançou o que seria a segunda parte de um álbum gravado em setembro. HITNRUN Phase Two teve 13 faixas. Entre elas, a música Baltimore, um tributo ao jovem negro Freddie Gray, morto pela polícia depois de ter sido preso injustamente na cidade que dá nome ao registro. A canção teve a participação da cantora Eryn Allen Kane.
O plano mais recente divulgado por Prince era para 2017, quando pretendia publicar as suas memórias em um livro, que até então não teve o título definido. A Random House, matriz da editora, declarou no mês passado que a obra seria "uma viagem não convencional e poética" através da vida e da música do artista.
"Prince é uma grande figura da cultura mundial e sua música foi a trilha sonora de uma incalculável quantidade de pessoas - incluindo a mim - por mais de uma geração", declarou o editor executivo Christopher Jackson em um comunicado da época. Se o livro estiver pronto, poderá funcionar como um bom artigo póstumo de um artista que sai de cena com tantos planos de carreira pela frente.