Jazz, blues e bossa nova serão o som do carnaval em Gravatá

O Gravatá Jazz Festival começa hoje e irá até terça-feira
JC Online
Publicado em 25/02/2017 às 10:52
O Gravatá Jazz Festival começa hoje e irá até terça-feira Foto: foto: divulgação


O Gravatá Jazz Festival não poderia ter melhor nome para a abertura, o carioca Leo Gandelman, um dos mais bem­sucedidos saxofonistas no Brasil. Gandelman aterrissa em Gravatá com o show do disco mais recente, Velhas Ideias Novas, com o qual homenageou o samba centenário com um repertório que vai de 1928 a 1973. Ao mesmo tempo, continua com o mapeamento dos músicos que consolidaram o saxofone na MPB.

O álbum é também de reverência a Paulo Moura, Moacir Santos, Juarez Araújo, Zé Bodega e José "Casé" Godinho Filho, saxofonistas que marcaram a música popular brasileira, como o próprio Gandelman vem marcando. O trabalho enfatiza o pouco lembrado Casé, que integrou o antológico Brazilian Jazz Quartet. No repertório, ele vai de Noel Rosa e Vadico (Feitio de Oração e Feitiço da Vila), a Moacir Santos (Coisa nº 10), e Cartola (Amor Proibido).

Outro saxofonista que está no programa de hoje do GJF é Derico Sciotti, um dos instrumentistas brasileiros mais conhecidos, graças a sua participação como músico do Quinteto Onze e Meia, banda do programa de Jô Soares (que o tratava também como assessor para assuntos aleatórios). Quando começou com Jô Soares, Derico tinha muitos anos de carreira, tocando com nomes que vão de Dominguinhos a Itamar Assumpção, passando por Egberto Gismonti e Arrigo Barnabé. É também sua segunda participação no GJF. Derico Sciotti será acompanhado pela Uptown Band.

Dasta Gomes & The Smokin? Snakes é nome de destaque da movimentada cena roqueira de Natal (RN), o grupo faz a linha do que é considerado o mais puro estilo do rock ?n? roll, o rock­a­billy, criado por Elvis Presley, Carl Perkins e outros, em 1954. O caruaruense Joanatan Richards, que segue o mesmo estilo, fará uma participação especial com o grupo potiguar.

VARIEDADE

Quando se tornou conhecida Brasil afora, impregnando de soul a canção pop California Dreaming (John Phillips), a mineira Rosa Marya Colin, que se apresenta amanhã no Gravata Jazz Festival (com participação de Wallace Seixas), já estava com duas décadas de carreira. Não será surpresa se incluir alguns clássicos da bossa nova na sua apresentação. Rosa Marya começou a cantar, aos 18 anos, no lendário Beco das Garrafas, em Copacabana, e gravou o primeiro disco em 1965, quando surgia a sigla MPB. Independente de gênero musical, ela é reconhecidamente uma das grandes vozes da música brasileira.

Na programação de amanhã, tem outros destaques do GJF: a Igor Prado Band (SP) e Arthur Phillipe & Quintessence, num tributo a Frank Sinatra. Na terça, o GJF termina com Big Chico e Jefferson Gonçalves, num tributo de gaitas a Tim Maia, o rock da Allycats e a nova voz do soul e blues americano, Annika Chambers.

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