Corpo de Chico Anysio será velado neste sábado e cremado no domingo

Humorista cearense morreu nesta sexta-feira (23), aos 80 anos, após falência múltipla dos órgãos
Do JC Online
Publicado em 23/03/2012 às 22:47
Humorista cearense morreu nesta sexta-feira (23), aos 80 anos, após falência múltipla dos órgãos Foto: Foto: reprodução da internet


Familiares, fãs e amigos começam a dar adeus ao humorista Chico Anysio ao meio-dia deste sábado (24), quando será iniciado o velório, no Theatro Municipal do Rio. No domingo (25), o corpo será cremado em cerimônia restrita à família. O cearense que criou mais de 200 personagens inesquecíveis, como Alberto Roberto, professor Raymundo, Salomé, Pantaleão, Bento Carneiro, Tim Tones, Véio Zuza e Coalhada, morreu nesta sexta (23), aos 80 anos, após falência múltipla dos órgãos.

Anysio estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Samaritano, no Rio, desde dezembro de 2011 por causa de um sangramento. O comediante chegou a reverter o problema, mas apresentou uma infecção pulmonar e teve de ser internado novamente. Ele fazia sessões de fisioterapia respiratória e motora diariamente, somadas a antibióticos. Ele casou-se seis vezes e teve oito filhos, sendo um adotivo.

CARREIRA
- Chico Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no município de Maranguape, no Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Aos 6 anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Iniciou a carreira profissional no rádio, na Rádio Guanabara, onde foi radioator, comentarista de futebol, entre outras funções. Na década de 1950, participou do programa Papel Carbono de Renato Murce e trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 50, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio, estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre conhecido por ter humor fino e inteligente, Chico ainda enveredou pelo jornalismo esportivo, teatro,  pela literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.

Chico Anysio trabalhou ao lado, ou mesmo dirigindo, os maiores nomes do humor brasileiro no rádio ou na televisão, como: Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, entre muitos outros brilhantes humoristas.

Desde 1968 estava  ligado a Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num cast que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também a relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo nos anos 90, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada em 1996 por um acidente em que fraturou a mandíbula. Em 2005, fez uma participação no Sítio do Picapau Amarelo, onde interpretava o Dr. Saraiva e, recentemente, participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo. Em 2009, o humorista voltou ao programa Zorra Total para reviver o personagem Vampiro Brasileiro.

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