Os 40 primeiros agitados anos da vida de Frank Sinatra

Autor vai fundo nos detalhes, inclusive da anatomia do cantor
Do JC Online
Publicado em 02/06/2013 às 6:00
Autor vai fundo nos detalhes, inclusive da anatomia do cantor Foto: NE10


No ano em que Paul McCartney nasceu, a idolatria a Frank Sinatra (1915/1998) antecipando a beatlemania em vinte anos, levava garotas a madrugar em filas de teatros para ter a oportunidade de assistir aos show do cantor na frente do palco. Baixo (para os padrões americanos), muito magro (numa época em que magreza era motivo de gozação), com um defeito no lobo da orelha esquerda, e uma cicatriz no mesmo lado do pescoço (ambos motivados pelo parto feito a fórceps), que o levou a vida inteira, a se deixar fotografar quase sempre do lado direito. Defeitos piorados por crises de acne na adolescência. Como se não bastasse, era de origem italiana, espécie de “nordestino” para o nova-iorquino, abaixo dos irlandeses na escala social da cidade. o que fazia de Francis Albert Sinatra uma pessoa especial?

É o que o escritor e jornalista James Kaplan tenta esclarecer na biografia Frank: a voz (Companhia das Letras, 752 páginas, R$ 69), em cinco capítulos, que abrangem os primeiros quarenta da vida do que é considerado o maior cantor da história da música popular. ou simplesmente “A Voz”. Em resenha sobre o livro, o jornalista Ruy Castro, especialista em biografias, e em Frank Sinatra, Kaplan mostrou com esta biografia ser um exímio pesquisador de revistas e jornais. Porém, não diz ele, Kaplan mostrou também que sabe contar uma história. Mesmo baseando-se em grande parte da biografia em fontes secundárias, traça muito bem a trajetória de Frank Sinatra, desde o parto, em fortes parágrafos iniciais. Tornando a leitura irresistível.



Mesmo com as idas e vindas de seu relacionamento com Ava Gardner, Frank Sinatra não perdeu a vontade lutar pelo que queria. Ele queria o papel do cabo Angelo Maggio em A um passo da eternidade, de Fred Zinneman (Kaplan desmente a lenda de que tenha ganho o papel com ajuda da máfia). Na mesma época, em que ganhou o Oscar, 1953, ele assinaria contrato com a Capitol, e engataria uma parceria com um arranjador ainda pouco conhecido. Nelson Riddle. O resto é história. A segunda parte James Kaplan está prometendo para breve.

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