Ummagumma teria origem em "am a gonna", contração da expressão "Im gonna", grosso modo, "Vamo nessa", mas com conotações sexuais na Inglaterra. Esta é uma das várias explicações sobre o enigmático título com que foi batizado um dos álbuns emblemáticos, lançado em 1969, pelo Pink Floyd, banda surgida em Cambridge, interior da Inglaterra.
Ummagumma é também o nome de um grupo surgido em Três Pontas, no interior de Minas Gerais, mais conhecida por ter sido a cidade onde Milton Nascimento cresceu e morou durante a adolescência, uma referência no trabalho dele. A Ummagumma é considerada a melhor banda cover do Pink Floyd do Brasil, e se apresenta, com o show Where We Start, hoje, às 21h30, no Teatro Guararapes. Os mineiros seguem a tendência de se montar êmulos de supergrupos do rock, procurando-se atingir o máximo de semelhança com o original.
A Ummagumma, quase uma orquestra, atualmente é composta por 15 músicos e surgiu em 2002, quando Bruno Morais, vocalista, guitarrista e produtor resolveu tocar a música do Pink Floyd depois que viu Roger Waters, exbaixista do grupo inglês, ao vivo, na turnê In The Flesh. Mas ele não queria se limitar a ser só mais uma banda cover. Foram seis meses de preparação montando não apenas a banda, mas toda a parafernália de equipamento, iluminação, efeitos especiais:
"Não sei com quantas toneladas a gente viaja, mas é muita coisa. Vai em caminhões antes da banda. Só cenários são três, independentes. Um para cada bloco. A gente toca parte do The Wall, do Animals e faz um bloco de clássicos do Pink Floyd", comenta Bruno sobre o show, que tem duração de 2h10. A Ummagumma estreou em 28 de setembro, no Centro Cultural Milton Nascimento, em Três Pontas. Fazia dois ou três shows por ano e, este ano, já somam mais do que no ano passado. É a primeira vez que chegam ao Nordeste, onde só fazem uma única apresentação. Do Recife vão para São Paulo. Esta é a segunda turnê grande do grupo.
INTERESSE
O interesse do público por bandas clássicas de rock é cada vez maior. O Pink Floyd já acabou, Roger Waters só fala com os integrantes em caso de extrema necessidade. Talvez isso mesmo, a impossibilidade de ver o grupo ao vivo, leve os fãs às bandas covers: "Rola um pouco de magia, as pessoas vão no camarim, tiram foto. A galera entra na história mesmo. Pelo tempo que tem, o Pink Floyd continua renovando os admiradores. Os shows da gente são curtidos por fãs dos oito aos 80. Acho que se sentem da mesma forma como me senti no show de Roger, ou no de David Gilmour.
(leia matéria na íntegra na edição impressa do Jornal do Commercio)