Sede do Iphan no Recife continua ocupada por artistas contrários à extinção do MinC

Grupo faz manifestação pacífica no antigo prédio do Colégio Nóbrega desde a última terça (17)
JC Online
Publicado em 18/05/2016 às 22:15
Grupo faz manifestação pacífica no antigo prédio do Colégio Nóbrega desde a última terça (17) Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Aproximadamente 50 artitas de diversas áreas continuam ocupando a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que está provisoriamente no antigo prédio do Colégio Nobrega, na Avenida Oliveira Lima,  Boa Vista, área central do Recife. O grupo chegou ao local na noite da última terça-feira (17), para protestar contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), que agora faz parte da pasta de Educação. Manifestantes de cidades como Curitiba, Fortaleza e Belo Horizonte também estão ocupando representações do Iphan.

Nesta terça-feira (18), o diplomata e advogado Marcelo Calero, 33 anos, aceitou o cargo de Secretário Nacional de Cultura e tem grandes desafios pela frente. Uma dívida em torno de R$ 230 milhões com produtores e contratos já firmados, redução de 25% do orçamento, contingenciamento de 1,6 bilhão e uma classe artística revoltada com o fim do MinC estão entre os problemas que Calero terá pela frente. 

Além do anúncio da nomeação de Marcelo Calero, o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) prometeu ampliar os recursos da área. Na entrevista coletiva de apresentação do novo secretário, Mendonça disse que o orçamento para as atividades da Cultura no próximo ano irá recompor uma queda orçamentária de 25% ocorrida entre 2015 e 2016. E que ainda haverá avanços maiores. 

O novo secretário, que respondia pela pasta municipal da Cultura do Rio, pregou que vai apostar no diálogo com os descontentes. "Eu acho que a gente consegue abrir o diálogo a partir do sucesso das medidas que apresentarmos. A resistência se supera pelos resultados, disse. A partir disso (da promessa de aumento de recursos) esperamos que o diálogo possa ser o mais franco possível". 

O novo secretário afirmou que o movimento de ocupações de prédios públicos por grupos contrário ao fim do Ministério da Cultura é sinal vivo da nossa democracia. A maioria desses militantes é contrária ao impeachment. "Ocupações são movimentos legítimos, e que não podem ser aparelhados politicamente)", disse. "Vamos dialogar com quem quer dialogar. Mas vamos procurar todos".

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