O jornalismo ficou mais triste nesta segunda-feira (22). Morreu o jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto, aos 60 anos, no Rio de Janeiro. Ele não resistiu a complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta. Várias personalidades demonstraram sua dor com a perda inestimada. Um de seus grandes amigos, inclusive, deu um emocionante depoimento. Veja o que disse o professor e cineasta Paulo Cunha.
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"A gente se conheceu com 16 anos. Eu sou filho único e Geneton foi a representação de um irmão, da fraternidade. Fizemos dois filmes juntos: um em Super-8, Esses 11 Aí, sobre o futebol, e o outro, em 16 mm, O Coração do Cinema, feito de um roteiro de Maiakovski e com Jomard Muniz de Britto de ator principal. Fizemos filmes juntos porque admirávamos muito certas coisas, e fico impressionado porque nunca tivemos uma desavença nesses anos todos – e também trabalhei com ele como repórter. Mesmo quando passávamos muito tempo sem nos ver, a conversa parece que só tinha parado há cinco minutos. O que me deixa muito triste é que ele estava dando novos passos, fez um documentário lindo sobre Glauber Rocha. Estou com um sentimento de imensa amizade, de profunda admiração pessoal e profissional. Eu fico sem saber o que dizer. Geneton foi o maior amigo que eu tive na vida”, Paulo Cunha, professor e cineasta