O Banco Central Europeu (BCE) vai observar os efeitos de suas medidas combinadas em junho e setembro sob a inflação e o crescimento e, embora esteja pronto para agir se preciso, também considera que é cedo para determinar a necessidade de medidas adicionais, disse Benoit Coeure, membro do Conselho executivo do BCE. Ele falou durante uma coletiva de imprensa após as reuniões do G-20 na cidade australiana de Cairns.
Os comentários foram feitos em resposta a um questionamento sobre se era correta a declaração do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, de que a inflação na Europa estava num nível "perigosamente baixo".
"Se a questão é se o BCE está satisfeito com uma inflação de 0 3%, a resposta é não", declarou Coeure. Ele disse, porém, que, para lidar com isso e com potenciais riscos em relação ao crescimento, o BCE já realizou um pacote de medidas em junho e em setembro que incluem a acomodação da política monetária de forma que a liquidez exista onde ela é necessária.
O BCE vai avaliar se os efeitos combinados das medidas são suficientes, afirmou Coeure, acrescentando que o "conselho disse muito claramente que, caso não seja suficiente, está pronto para fazer mais". "É muito cedo para dizer e estamos no processo de implementar essas medidas", completou.
Coeure disse que há amplo apoio dos países do G-20 para as medidas de política monetária que o BCE tomou até agora. Ele afirmou ainda que o BCE se compromete a manter as taxas de juros nos níveis atuais por um período extenso de tempo. Fonte: Market News International.