O fundo soberano da Líbia exigiu 1 bilhão de dólares (800 milhões de euros) ao banco americano Goldman Sachs, a quem acusou perante um tribunal de Londres de abusar de alguns de seus inexperientes diretores.
A disputa diz respeito a transações realizadas em 2008, logo após a criação em 2006 do fundo, o Libyan Investment Authority (LIA), responsável por administrar as receitas petrolíferas do país.
O LIA afirma que o banco americano convenceu seus gestores, mal informados, a investir no mercado de derivativos no valor de 1 bilhão de dólares. Em seguida, estes produtos perderam quase todo o seu valor durante a crise financeira.
Nos documentos consultados pela AFP, o LIA acusa o banco de ter usado sua influência "para realizar uma série de investimentos em derivativos complexos, que se mostraram muito vantajosos para o GSI (Goldman Sachs International), mas que eram inerentemente inadequados para um fundo soberano como o LIA".
O Goldman Sachs teria tido um lucro de US$ 350 milhões nessas operações, segundo o fundo.
O banco americano argumenta, por sua vez, que os gestores de fundos líbios estavam bem conscientes dos riscos das operações e que alguns deles eram "profissionais altamente experientes".
A audiência preliminar perante o tribunal de Londres acontecerá na terça-feira. O LIA espera que o processo ocorra no início de 2015, a menos que ambas as partes cheguem a um acordo mais cedo.